domingo, 28 de dezembro de 2008

Feliz 2009




Fala Galera!!! Bom, em primeiro lugar, me desculpem por não estar atualizando o blog. Sinto muito, mas foi um corre-corre que não fazem ideia.
A finalização de um semestre na faculdade e logo em seguida os horários loucos nas duas emissoras que trabalho (Metropolitana FM e Kiss FM). Fiquei em débito até mesmo com pessoas que amo e gostaria de passar mais tempo junto e não rolou.
Para o ano que vem prometo ser mais disciplinado e fazer atualizações uma vez por semana. Assunto não falta para isso, já que temos uma boa fonte de escândalos (nossos parlamentares).
Mas passei por aqui para desejar a todos um Feliz Ano Novo. Que ele seja realmente NOVO para cada um que acessa esse blog e deixa aqui sua opnião (concordando ou não com a minha).
Que 2009 seja repleto de realizações e que a energia se renove. Que possamos crer que esse país tem jeito. Que os políticos parem de olhar o próprio umbigo e olhe para a sociedade como um todo.


Ano que vem eu volto com tudo para colocar a boca no trombone - ou os dedos no teclado...rs


Juízo a todos e até Fevereiro ( sim! saio de férias.. oba!)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Sete Pecados Capitais.

Sou um pecador! É verdade! Descobri neste final de semana que pratico um dos sete pecados capitais. A inveja!
Descobri como funciona uma parte do judiciário norte-americano para punir políticos pegos com a boca na botija. Enquanto nossos ministros do supremo pensam de que forma inocentar parlamentares comprovadamente culpados, a suprema corte nos Estados Unidos pune, severamente, até os políticos mentirosos. É o caso do prefeito de Detroit, Kwane Kilpatrick.
Kilpatrick mantinha um caso extraconjugal com a secretária do seu gabinete, Christine Beatty, e foi flagrado por dois policiais que o levaram a julgamento.
O prefeito e a secretária negaram, sob juramento, que houvesse um romance entre eles. A suprema corte condenou Kilpatrick a quatro meses de cadeia e uma multa de 1 milhão de dólares. Perdeu seus direitos políticos por 5 anos e não poderá mais advogar.
Enquanto o prefeito de Detroit era condenado merecidamente por ter apenas mentido durante julgamento, aqui nas terras dos Tupiniquins, o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, fazia ronda para se livrar da cassação que estava sendo julgado no Congresso Nacional. Cunha Lima foi condenado à perda do mandato por ter distribuído 3,5 milhões de reais a eleitores na campanha de 2006. Diferente do prefeito americano, a maior punição que Cunha Lima pode sofrer é a perda do cargo. O governador paraibano não precisará reembolsar os cofres públicos os 3,5 milhões de reais e seguira recebendo a aposentadoria de 22 milhões de reais como ex-governador. E não para por ai. Na condição de ex-governador poderá se candidatar aos próximos pleitos e continuará com a famosa e vergonhosa imunidade parlamentar. É justamente essa regalia que fez se arrastar por quase dois anos o julgamento do governador caridoso. Fico empolado com minha inveja ao saber que o prefeito de Detroit foi julgado e condenado em menos de 8 meses após descoberto o romance fora do casamento.
Leis é o que mais existem em nosso país. Em 2001, o ex governador do Piauí, Mão Santa foi o primeiro a ser julgado sob a nova legislação eleitoral e perdeu o mandato por uso da máquina pública e compra de votos. Mão Santa não perdeu seus direitos políticos e hoje é senador pelo seu estado e mesmo cassado recebe pensão como ex-governador e o valor ele não revela.
Nos Estados Unidos, existem todos os males que temos aqui no Brasil: políticos recorrendo infinitamente para se livrar da punição, políticos usando os cofres públicos como se fossem suas economias pessoais e usando a máquina para se reeleger. A diferença, e bota diferença nisso, é que mais cedo ou mais tarde, a Justiça americana manda os larápios para a cadeia. Aqui, no lado sul do continente, apenas esperamos o próximo recurso que nunca será julgado.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

30 Anos sem Vlado.

Exitem coisas que só valem uma vez. A segunda, geralmente é decepcionante. Filmes por exemplo. As continuações são frustrantes. É justamente isso o que aconteceu na Praça da Sé, na Catedral de São Paulo, no dia 23 de outubro, um domingo cinzento e chuvoso, no ato de homenagem aos 30 anos do assassinato de Vladimir Herzog por agentes da ditadura de 64 e pela paz. Para quem já leu a história de Herzog, conhece o cenário naquela sexta-feira, 31 de outubro 1978. São Paulo estava inquieta e cheia de disse-me-disse e ameaças. Falava-se do ato público na Catedral meio que no boca-a-boca, sobre uma possível invasão policial da praça para impedir e prender todos que estivessem no local. Mesmo assim, com a cidade sitiada, muita gente foi a Praça - 8 mil pessoas, segundo vários livros. Existe uma frase popular - e verdadeira - muito conhecida, "a história quando se repete é como farsa". Essa foi a sensação de muitos que participaram do primeiro movimento e que compareceram na Praça trinta anos depois. Políticos de tudo quanto é legenda - PT, PMDB, RDB, CDB - e por ai vai. Aproveitadores usando um ato histórico de grande importância para nossa sociedade para bancar de bom moço com intenções no pleito municipal. Mas a entrega do prêmio foi bem diferente. Noite de primavera paulistana. Céu limpo, temperatura amena e um leve sopro de vento. Esse é o cenário que testemunha mais uma entrega do prêmio Vladimir Herzog no teatro da PUC – TUCA. Cheguei em cima da hora para pegar os jornalistas de nome e renome para uma entrevista. Não seria a primeira, mas sim uma das mais importantes entrevista até o momento na minha carreira estudantil.
Na entrada do TUCA encontrei o jornalista Ricardo Kotsho. Paulista de 60 anos, quarenta deles dedicado ao jornalismo. Dono de um estilo inconfundível e mestre na arte maior da sua profissão — a reportagem. Em suas andanças como jornalista, Kotscho viajou o país todo, sempre ajudando a contar a história recente do Brasil. No nordeste cobriu o desastre aéreo que matou o ex-presidente Castello Branco, em 1967. Na capital paulista, cobriu o traumático incêndio do edifício Andraus, em 1972. Já no planalto, investigou as mordomias de que gozavam superfuncionários, na série de matérias que o projetou como jornalista, em 1976, e lhe rendeu o primeiro prêmio Esso – Kotsho possui três desses. Sua participação ativa na campanha das Diretas, em 1984 também não poderia deixar de ser lembrada. Sempre atuante, Ricardo Kotscho foi um dos indicados ao prêmio Vladimir Herzog. Numa conversa descontraída, falou que não esperava receber a indicação muito menos o prêmio. “É legal porque não é um prêmio que você se inscreve” declara o jornalista. “Parece que ganhou na loteria sem ter comprado o bilhete, sem ter jogado, entende?” conclui Koscho. O jornalista ainda completa dizendo que fica contente em saber que a votação do prêmio é feita pelos colegas de profissão e é isso que faz toda a diferença em receber algo assim. Com uma votação criteriosa onde mais de quinhentos jornalistas votam para decidir quem leva o cobiçado troféu, não pelo valor material, mas sim pelo valor simbólico que o emprega. Esse foi o 30° prêmio Vladimir Herzog. E de todos que Ricardo Koscho já presenciou, declara que não se lembrar das matérias, mas não esquece que foram em 1981 e 1983, edições onde o jornalista foi premiado. Exerceu a profissão no período mais negro da nossa história brasileira. Afirma que nunca foi ameaçado de morte por causa das suas idéias e matérias. “Não, nunca sofri ameaças. Eu sempre fui muito cagão, medroso e isso foi bom, porque me manteve longe dos conflitos diretos (risos)” declara o jornalista. Mesmo não recebendo ameaças, Koscho foi orientado a morar fora por um tempo. Foi para Alemanha depois de denunciar a morte de um operário. “Depois de escrever uma matéria denunciando a morte do líder operário Manuel Fiel Filho, alias, a morte dele era semelhante a do Herzog. Então, sai do Brasil por um tempo e continuei ajudando a denunciar os crimes aqui no país.” Afirma Ricardo. O movimento de pessoas entrando no TUCA era grande e lá dentro já iniciava a cerimônia ao som do Hino Nacional em ritmo de samba. Foram feitas homenagens aos jornalistas já falecidos, casos de Perseu Abramo e Lourenço Diaféria – este morto em setembro deste ano - antecedendo a entrega dos troféus aos premiados em nove categorias. Além do 30º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, o Sindicato também promoveu o 4º Prêmio Vladimir Herzog de Novos Talentos, voltado para estudantes de Jornalismo de São Paulo. Houve homenagem à família Teles pela vitória na ação que obriga o Estado a responsabilizar o comandante do DOI CODI de São Paulo entre 1970 e 1974, coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, pela série de torturas a que membros da família foram submetidos. Um momento marcante é a critica do Ministro Vanucchi sobre a posição da Advocacia Geral da União e colocou publicamente a sua posição a respeito da responsabilização dos crimes de tortura durante a ditadura militar. “Nosso Governo, por determinação do próprio presidente Lula, tem desenvolvido uma série de ações voltadas para o direito à memória e à verdade. E a manifestação jurídica da Advocacia Geral da União, sem desqualificar ou condenar sua atribuição que é defender a União, evidentemente produziu uma peça que tem uma manifestação de posições que são inaceitáveis para os direitos humanos, que colidem com a posição minha, com a posição do Ministério da Justiça, de vários outros ministérios.”, argumentou.“Vou levar ao presidente a idéia de que isso tem de ser superado, com a unificação de uma posição clara.” afirmou. “Quando a AGU tiver de fazer uma manifestação como essa, não pode adiantar pontos de vista, como dizer que a tortura é crime prescritivo, porque o Governo não tem posição sobre isso.”, concluiu o ministro. Outro momento de comoção foi a chegada de Clarice Herzog no teatro. Aplaudida desde a entrada até o momento que se sentou para assistir, mais uma vez, a homenagem a seu companheiro do passado. Atenta a tudo sempre calada, ficou difícil de decifrar o que se passava no pensamento daquela mulher depois de 30 anos de um crime covarde.

Anos de Chumbo.

Quem tem menos de 30 anos não viveu os piores anos da nossa história. Saberão apenas pelos livros ou nas rodas de familiares o que foi a Ditadura militar no Brasil. Os anos de chumbo, assim foi chamado pela impresa, o periodo de maior censura as informações e de menor liberdade política na história desse país.Dezoito milhões de eleitores brasileiros sofreram das restrições impostas por aqueles que assumiram o poder, ignorando e cancelando a validade da Constituição Brasileira, criando através de Atos Instituionais, 17 ao todo, um Estado de exceção, suspendendo a democracia.Os anos de chumbo foram o período mais repressivo da ditadura militar no Brasil, estendendo-se basicamente do fim de 1968 quando o Presidente da República General Costa e Silva promulgava o Ato Institucional número 5, o maior instrumento de arbítrio até então utilizado na história da República, cujo resultado prático foi a suspensão de liberdades individuais, intervenção no judiciário, cassação de mandatos e o fechamento do Congresso por tempo indeterminado.Foram, provavelmente, os anos de maior progresso econômico da história recente do país, apesar do avanço da inflação que ocasionava o aumento da pobreza e da grande desigualdade social, além do elevado grau de repressão política.Foi no meio desse cenário que surgiu em 26 de abril de 1965 uma emissora, que se tornaria a maior rede de televisão no Brasil e a quarta do mundo. Os Diários Associados, que faziam campanha contra a presença de capital estrangeiro na mídia brasileira, denunciaram a existência de um acordo entre Roberto Marinho e o grupo Time-Life, que detinha alguns dos maiores veículos de comunicação do mundo.Após diferenças entre Marinho e o governador Carlos Lacerda, este mandou prender norte-americanos e cubanos que trabalhavam na TV Globo como representantes do Time-Life. A Globo foi criada um ano depois do golpe militar que mergulharia o País nas trevas por 20 anos. A família Marinho sempre ficou do lado do governo - independentemente de quem fosse o partido - era sempre situação.Um dos instrumentos que utilizou para apoiar a ditadura foi o jornalismo. Enquanto milhares eram torturados e morriam nos porões da Ditadura, os jornais televisivos da Globo mostravam um País tranqüilo e ordeiro.As novelas mostravam um povo alegre, feliz, preocupado apenas com desilusões amorosas e dramas familiares. Os programas de auditório – um dos assuntos que abordaremos mais adiante - e as transmissões de futebol também ajudavam a criar esse clima.Preparada para ficar ao lado do poder, a empresa mudou suas táticas à medida que mudavam as condições políticas do País. Vendo o fim da ditadura militar, devido o crescimento do neoliberalismo, adotou a candidatura da oposição burguesa nas eleições indiretas disputadas no Colégio Eleitoral. Sabia que esta seria uma saída segura frente ao crescimento do movimento popular, cujas maiores expressões eram o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) que se formavam no ABC paulista.Um das grandes ferramentas da ditadura, foi os programas de documentários do Amaral Netto e o de auditório de Flávio Cavalcanti. Esse, com seus gestos agressivos e expressões faciais, quebrando discos das músicas que não agradava ou aplaudindo empolgadíssimo os artistas preferidos, foi conquistando os telespectadores e se tornando uma figura influente na aprovação e aceitação da ditadura.
Flávio Cavalcante era a favor dos armísticos no poder para a manutenção da moral e dos bons costumes. O apresentador mais importante da extinta Manchete, mostrava imensas obras de engenharia, um país realmente em crescimento exponencial, era a época do Brasil Grande, Milagre Brasileiro ou o Milagre Econômico. Grandes obras, como a ponte Rio-Niterói e um dos exemplos de obras faraônicas.Amaral Netto era um concorrente direto na audiência com Cavalcante. As organizações Globo investiam em Netto oferecendo horário nobre para exaltar as façanhas militares em tom de samba-canção. Façanhas como a hidrelétrica de Itaipu ou a rodovia Transamazônica. Amaral culpava os “comunas” sobre a paralização das obras no empreendimento na Amazônia.Os militares pressionavam sempre a emissora quando havia mudança na grade dos programas e principalmente no horário de Amaral Netto. O apresentador tinha conexão direta com o presidente e com os ministros militares e eles falavam diretamente com o Roberto Marinho que voltava o programa para o horário de melhor audiência.
Em 1980, Lula é preso por João Figueiredo – seria o último presidente militar - e a partir desse momento, os empregados que ainda eram contra Luís Inácio, passam a apoiar o movimento das Diretas Já.Começam pressões em toda parte do país para eleger diretamente o presidente e parlamentares que só viriam uma década depois.Não podemos deixar de mencionar a manobra nas eleições de 1989. Finalmente acontecia as primeiras eleições – ainda que indireta - para presidente e assim foi eleito Tancredo Neves que não assume a presidência e morre alguns dias antes da posse. Somente nas próximas eleições que seria realizado a primeira eleição direta entre Fernando Collor, que surgiu como alternativa para burguesia e Luís Inácio da Silva, representando a classe pobre. A Globo, mais uma vez, vendeu a imagem de Collor como um campeão do combate à corrupção. O caçador de marajás como ficou conhecido e era o slogan de sua campanha. Mesmo assim, Lula, candidato do PT e apoiado pela CUT, foi para o 2º turno das eleições. Nesse momento, a Globo entrou com tudo. Fez uma enorme campanha de terrorismo e calúnias contra o candidato popular e manobrou as edições dos debates entre os candidatos favorecendo e elegendo Collor. A partir de então, é dado início as grandes transformações na sociedade e a aceitação do neoliberalismo no País. Momento de glória para a Globo e para dezenas de políticos gatunarem os cofres públicos. Insatisfeito com o pedaço da fatia, Roberto Marinho começa o projeto de tirar o presidente Collor do poder. Com denúncias de corrupção sendo transmitida nos principais telejornais da emissora, influenciando a opinião pública, manipulou a sociedade e exibia as manifestações contra Fernando Collor. Ele caiu, mas o neoliberalismo e a Rede Globo ficaram.

Quanto Vale a Arroba?

O ministro da Justiça Tarso Genro tem a sindrome do marido traído. Não por ser o último a saber, e sim, por queimar o sofá ao flagrar a esposa com o amante no mesmo. Falo isso por saber dos rumos que tomaram as investigações da Operação Satiagraha. Inclusive com a punição do delegado federal Protógenes de Queiroz - é aqui que cabe a frase inicial. A cada dia que passa nos surpreendemos com o comportamento de cada brasileiro e dos criminosos brasileiros. Parecem personagens de um interminável seriado mexicano. Mudam os montantes dos assaltos, mudam os ambientes e os truques, mas a história é a mesma: lucros fabulosos com operações altamente sofisticadas, sempre ilegais.
Chamá-los de incorrigíveis é reduzir esta persistência a uma compulsão pela imoralidade. Seria uma forma de minimizar o fenômeno e retirar dele o aspecto sistêmico, institucional e impunitivo.Os trambiques de Naji Nahas já têm quase duas décadas, Daniel Dantas protagoniza o noticiário dos escândalos há três lustros e o novato Celso Pitta enrosca-se em negócios escusos há quase oito. E nosso ministro preocupa-se com o trabalho - sério e profissional - do delegado que tenta apenas cumprir suas funções.
A culpa pela impunidade não é da imprensa, mesmo se quisesse não poderia acompanhar todos os escândalos simultaneamente. O que é divulgado é apenas uma pequena parcela do que eles - os parlamentares e empreiteiros - roubam dos cofres públicos. É divulgado na mídia porque alguém delata. Mas não se iluda achando que o delator é um cidadão de bem, com boas intenções para melhorar nosso país e defender seus direitos. Não! O delator entrega porque não participou da partilha do roubo, do golpe contra o dinheiro público e então se torna um delator insatisfeito, magoado e vingativo.
As sucessivas reprises e repetecos têm causas bem definidas: a lentidão da Justiça, que leva uma eternidade para dizer quem é inocente e quem é culpado, e a fascinação de grupos próximos ao poder pelos "gênios" políticos e financeiros que se infiltram nos gabinetes com idéias mirabolantes.É preciso não esquecer que o mensalão, onde começou o novo capítulo da biografia de Daniel Dantas, foi criado por outro gênio, o lobista Marcos Valério, por sua vez estimulado pelos gênios que pretendiam criar num passe de mágica uma maioria no Congresso. Escândalo que foi parar em algum freezer petista no fundo de uma garagem parlamentar.
O escândalo da Varig resultou da preguiça das autoridades em encontrar uma solução rigorosa e honesta para salvar a companhia aérea. No maior acidente aéreo do país, o voo da TAM que caiu em São Paulo, procura-se uma forma de enquadrar os incompetentes ao codigo penal. Simples! 199 homicídio doloso. Ponto!
Zuleido Veras, o dono da Gautama, inventou um nome místico para uma fabulosa engenharia sem obras com o apoio dos "Partícipes Trambiqueiros".Atrás de cada escândalo há um fraudador brilhante, criativo e um séquito de advogados, executivos e políticos fascinados pela facilidade em embolsar indevidamente grandes quantias.
A imprensa só tem uma culpa: a de não conseguir trazer aos olhos de todos, todas as falcatruas, conchavos, acertos ilicitos que nossos parlamentares, na calada da noite, nos becos úmidos aos cochichos se organizam. Como um dia cantou Zé Ramalho:
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"Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal..."
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Somos negociados como gado e assim, calados, conformados, vamos morrendo aos montes.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

15 Minutos de Fama.

Ultimamente minha vontade é de hibernar. Fazer como urso e dormir por dias, meses, e por que não, anos. Quero dormir para nao assistir o que anda acontecendo com o ser humano. Vivemos em um tempo onde todos procuram ter o seu momento de celebridade. Vale tudo! Desde enviar cópias de vídeos para entrar em um reality show, declarações falsas para a policia que investiga a morte de uma menina de cinco anos e recentemente a compra de qualquer objeto que pertenceu ao narcotraficante Abadia.Existem dois pontos a serem observados nesse caso. Porque alguém se acotovela no meio de uma multidão para possuir qualquer coisa que pertenceu ao colombiano? Tinha até cueca usada, que nojo! E porque a justiça permitiu que o tal leilão fosse feito da forma que foi?Quando se sabe a origem dos produtos, deixa de ser uma aquisição moralmente correta e passa-se a ser receptação imoral.São frutos da deterioração de milhares de vidas, jovens mortos por não pagarem suas dividas, viciados que partem para o assalto em busca de saciar o vício. Para quem nao fez correlacão, até os seqüestros relâmpagos são, muitas vezes, meios de aplacar o vicio, forçando a vítima a sacar quantias em dinheiro para o uso imediato. Sem esquecer as vidas de dezenas de centenas de policiais assassinados em combate por tentarem fazerem a lei valer.Fico me questionando porque não é feito leilão com os bens de parlamentares corruptos. Comprovadamente corruptos!Belas mansões, carros de luxo, bois vendidos a peso de ouro, barcos, motos enfim, dezenas de produtos que também foram conquistados de forma ilícita. Foram adquiridos com desvio de verbas públicas, de conchavos com empreiteiros. São batedores de carteiras da nossa sociedade. Não importa qual foi à forma, mas sim o crime cometido. A falta de investimento na educação, em segurança pública, em projetos aos jovens, eleva o índice de criminalidade porque o dinheiro para tais projetos foi parar em contas de paraíso fiscal. São questões que estão entrelaçadas.O episódio do mensalão, por exemplo, não foi apenas o mais grave escândalo ocorrido no governo Lula – foi também o mais impudente. A título de lembrança, apenas algumas das cenas de corrupção explícita que ele revelou: empresário carequinha que com uma mão recebia rios de dinheiro do governo e com a outra distribuía bolos de notas a aliados desse mesmo governo; deputados saindo de bancos com malas recheadas de reais ou entrando furtivamente em quartos de hotel para repartir o butim; marqueteiro confessando em rede nacional que recebeu pagamento do PT proveniente de caixa dois e o depositou em conta no exterior. Ao todo foram quarenta parlamentares pegos com a mão na cumbuca. É o resultado da ação de uma "organização criminosa" chefiada pelo ex-ministro José Dirceu que completou seu segundo aniversário sem que haja um único punido. E nem serão! Em nenhum momento a justiça esboçou qualquer intenção de seqüestrar os bens e fazer um leilão com a mesma publicidade do narcotraficante. Ao contrario, são beneficiados com salários pomposos e vitalícios como o deputado federal José Janene – ex-líder do PP e sacador de 4,1 milhões de reais das contas de Marcos Valério –, não perdeu a função na qual foi flagrado. Aposentado pela Câmara com um salário integral de 12.800 reais, Janene foi reeleito em abril primeiro-tesoureiro do PP. Isso mesmo. O homem que, em nome de seu partido, recebeu milhões de reais não declarados à Justiça Eleitoral continua dirigindo a legenda – e no cargo de gestor de finanças.Aqui no mundo real, pessoas desembolsam 49 mil reais em um Rural que no mercado real não vale mais do que 9 mil. Apaguem as luzes e façam silêncio! Eu quero voltar a dormir.

Solidão.

Terminei de ler Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marques. Para quem não teve a oportunidade de ler a obra, o escritor fala da estirpe dos solitários para a qual não será dada uma segunda oportunidade. Esse mundo moderno, capitalista – pelo menos no ocidente – vive em comunidades. Todo o sistema foi divido em países, estados, cidades, bairros, ruas e dividiu também o ser humano. Alguns especialistas afirmam que o homem não consegue viver sozinho. Discordo!Cada individuo vive hoje sozinho e isolado dentro da sua mente. Buscando o sucesso em diversas áreas (profissional, amorosa, amizade, familiar e etc.)Nessa busca alucinada pela perfeição, deixamos de olhar nos olhos das pessoas que estão ao nosso lado. Deixamos de dizer o quanto ela é importante por dividir a “estrada da vida” conosco. Aos estranhos o tratamento é ainda pior. Paramos por exemplo, de cumprimentar o vizinho, isso quando, e se, o conhecemos. Entramos em nossos carros, armados de rancor e mau humor, amarramos à cara e partimos para o combate. É como uma luta corpo a corpo, mas usamos o no “carro a carro” até o destino final. Entramos em elevadores de cabeça baixa e quando falamos um “bom dia” é sem qualquer intenção do verdadeiro desejo – e recebemos a resposta com o mesmo sentimento.A solidão que cada ser humano sente hoje reflete no aumento da criminalidade – ou será o contrario? Será que o aumento da criminalidade distanciou todo mundo de todo mundo?Banalizamos a morte. Não nos importamos quando alguém querido perde um ente. Vamos ao velório do amigo por etiqueta e antes de sairmos de casa em direção ao ultimo “adeus”, desejamos que seja o mais rápido possível.Há quanto tempo não liga para aquele amigo do colégio? Amigo que dividiu com você uma das etapas mais importante (e divertida) da sua vida. Há quanto tempo não olhou para sua mulher ou para seu marido e declarou o quanto o (a) ama?Há quanto tempo não chega em casa e da um abraço no seu filho ou filha?São pequenas coisas que fazem o nosso dia ser grande e especial.

Voto.

Todos nós, ricos ou pobres, brancos ou negros, independente da idade, temos nossos deveres e direitos. Mas a balança da cidadania esta quebrada há muito tempo. Nossos direitos estão sendo tolhidos, cerceados e a cada dia nos tornamos vítimas de uma classe mesquinha e improdutiva: a dos políticos! Na década de 80, mais precisamente em 1985, foi dado o direito do voto ao analfabeto – um tema que causou e ainda causa muita discussão. Os contrários ao voto dos analfabetos sustentam que a pessoa que não sabe ler e escrever não está apta a escolher seus dirigentes, constituindo-se em frágil massa a ser manobrada pelos mais letrados. O ex-ministro Carlos Maximiliano sintetizava a posição dos defensores do voto somente ao alfabetizado, afirmando que falta ao analfabeto o controle de seu voto, podendo ser conduzido a eleger quem não gostaria de ter no poder, estando sujeitos ao famoso voto de cabresto, mas talvez de uma forma mais disfarçada. Estamos atolados em políticas assistencialistas justamente pela usurpação de políticos de índoles duvidosas, de atitudes suspeitas e vontade de permanecer eternamente no poder. Lembro que era criança quando essa lei foi aprovada. Muitas pessoas comemoravam a liberdade, o acesso às urnas. A idéia a princípio era frutuosa e jogava uma luz sobre a democracia. Mas, passados 23 anos (três anos depois teríamos a primeira eleição direta para presidente), vemos que foi uma manobra de massa e de acordos para que o curral eleitoral fosse mais numeroso. Mesmo sendo facultativo, o voto do analfabeto tem grande peso na decisão de quem governa o país ou os estados. Somos vítimas de oportunistas da nossa sensação de liberdade e pagamos o preço da escolha de pessoas despreparadas.

Até Quando?

Até quando vamos permitir, ou melhor, vamos tolerar certos acontecimentos que só existem no Brasil? Esse é o único país onde se premia quem deveria ser punido e puni quem deveria ser premiado.Orlando Lovecchio Filho foi uma das vítimas da guerrilha em 1968. Na época tinha apenas 22 anos e o objetivo de se tornar piloto comercial. Mas teve seu sonho e uma das pernas dilacerada por uma bomba detonada por Diógenes Oliveira, militante do partido de esquerda, em frente à Embaixada Americana – percebe que a idiotice da luta contra os norte americanos é antiga.Lovecchio teve de mudar seus planos. Cursou administração, montou uma empresa e entrou em falência durante o governo Collor. Recebe atualmente do INSS uma aposentadoria por invalidez de R$ 571 e todas as perspectivas de uma vida melhor jogadas no ralo.Mas do outro lado da história, Diógenes, depois do atentado, fez curso de explosivos em Cuba, atacou quartéis e esteve envolvido no assassinato de um americano. Fugiu para a Europa e morou alguns anos na África. Ao voltar para o Brasil, se filiou ao PT – algo que não causa estranheza. O nome é familiar? Sim! Esse é o Diógenes onde aparece sua voz pedindo ao chefe de políciado Rio Grande do Sul para aliviar a repressão aos bicheiros. Após esse escândalo o partido pediu a sua saída. Mais um dos “meninos” do presidente.Onde esta a premiação? Oras o senhor Oliveira recebe pensão vitalícia da repressão durante o governo militar. Tem um salário de R$ 1.627 e mais R$ 400.000 de pagamentos atrasados.Pior que tudo dentro da lei. Desde 2.002, durante o governo Lula, foi aprovada a lei que garante aos anistiados políticos reparação financeira. Por mais absurdo que possa ser, não é ilegal mas é imoral.No direito existe um termo usado que é “assumir o risco do resultado”. Assumiu o risco de ser caçado, preso e condenado pelos crimes que praticam. E isso não poderia, não deveria de forma alguma ser abonado, nem judicialmente, nem financeiramente. Outro caso que fica entalado na minha garganta é o caso Lamarca. Em 1969, o capitão Carlos Lamarca traiu seus companheiros de farda, roubou armas e munição do quartel onde servia, desertou do Exército e, a soldo de uma potência estrangeira, matou inocentes a sangue-frio com o objetivo de implantar no Brasil uma ditadura comunista. Foi morto em combate por militares que cumpriam o dever de detê-lo. Quase quarenta anos depois, o terrorista acaba de ser transformado em mártir nacional pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Lamarca foi promovido postumamente a coronel e premiado com os rendimentos de general-de-brigada. Com isso, seus familiares receberão a pensão correspondente a R$ 12.152 por mês. Além disso, a viúva e seus dois filhos embolsarão cada um uma indenização de R$ 100.000. A comissão de Anistia do Ministério da (In) Justiça não levou em consideração as vitimas inocentes da barbaria promovida pelo ex-capitão. Torturas, seqüestros e assassinatos são algumas das atrocidades cometidas em nome de uma política esquerdista para poucos. Semana passada fiquei enojado durante o horário político gratuito do PCdoB. Fizeram descaradamente apologia à guerrilha, homenagearam os colombianos das Farc mortos em território Equatoriano. Como fazem isso usando o nosso dinheiro? Quem lhes deu a permissão de usar espaço público de TV e radio para tal crime? E o que me deixa mais indignado que se fosse eu, você ou outro cidadão comum fazendo a mesma propaganda ao terrorismo, estaríamos presos sem direito a fiança.Estamos na contra mão do bom senso. Logo estaremos premiando traficantes como Fernandinho Beira Mar, Marcola do PCC, Marcinho VP do Comando Vermelho entre outros. Em breve será criado o “Bolsa Terrorismo” – porque não? Vale tudo para conquistar um terceiro mandato.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Intolerância.


O ser humano esta cada dia mais intolerânte. E não é diferente comigo e uma porção de gente que conheço.Foi transmitido em cadeia nacional um jovem ensangüentado atropelando um segurança de um posto de gasolina. Intolerância de ambos os lados. O segurança intolerânte com um mendigo, o jovem ao ver a atitude, partiu para cima do segurança. Esse por sua vez, intolerânte em ser repreendido agrediu tanto o mendigo quanto o jovem defensor.O motorista enfurecido por ter sido agredido, entrou no veículo e avançou em direção do segurança atropelando e causando alguns ferimentos.Toda essa situação é a falta de perspectiva de punição, de justiça e de direito preservado. A minha intolerância é com nossos políticos.Essa semana, como todos os dias, assisti a ineficiência do senado e da câmara dos deputados na TV Câmara. Algum dia parou para assistir pelo menos um minuto? É improdutivo por um lado, mas compensador por outro. O lado positivo é ter a possibilidade de ver quem faz o que lá dentro. Todos querem subir ao púlpito e bradar algo que cause impacto, que seja visto como alguém que se importa com a sociedade. Mas, é tudo enganação.Fiquei assistindo o festival de engodo durante meia hora, mais que isso é praticamente uma tortura. Vi a senadora “sanguessuga” Serys Slhessarenko homenageando o povo mato-grossense – não que não mereçam – mas a homenagem poderia vir em atitudes, em leis, mudança legislativas que beneficiariam não só o mato-grossense e sim o povo brasileiro. Usam o púlpito como se fosse palanque em campanha eleitoral. Um fala e dezenas ignoram. E olha que aprendemos logo no primeiro ano básico que, quando um fala o outro escuta, ou baixa a orelha. E não é isso que assistimos na TV Câmara. Se o desrespeito entre seus pares já é tamanha, imagina com toda a sociedade que colocou cada um desses políticos corruptos e mal intencionados nas duas casas legisladoras.É uma reação em cadeia! Má utilização do tempo nos púlpitos para a promoção pessoal, deixam de votar assuntos importantes e destrancar pautas que consomem o dinheiro público em sessões extras no final de ano. Somos obrigados a pagar estadia, horas extras e sem esquecer os cartões corporativos desses políticos inertes.Apesar de não justificar, explica-se a intolerância de toda a sociedade. Desconta-se no próximo o que os eleitos fazem com os eleitores.


O filho é nosso.

"Filho nosso". Essa foi à definição que Lula usou na última participação do Foro São Paulo. Para quem ainda não ouviu falar de tal Foro eu explico. Segundo o Wikipédia, o Foro de São Paulo (FSP) é o nome genérico de um encontro bianual de partidos políticos e organizações sociais de esquerda e nacionalista da América Latina e do Caribe. Esse encontro realizou-se pela primeira vez na cidade de São Paulo - de onde tomou seu nome - em 1990, e que volta a se reunir a cada dois anos em locais distintos. O congresso tem o propósito, segundo declaram seus líderes, de discutir alternativas populares e democráticas às políticas neoliberais dominantes na América Latina dos anos 1990. Declaram também ter o objetivo de promover a integração econômica, política e cultural da região. Participam da organização desde partidos políticos com atuação em processos eleitorais regulares até organizações não-governamentais e representantes de movimentos de esquerda armados - guerrilhas. Guerrilhas como as Farc. O Foro São Paulo teve a participação de Lula e Garcia em sua fundação.No auge da crise deflagrada na fronteira do Equador com a Colômbia e Venezuela, enquanto o governo brasileiro se empenhava para baixar os ânimos, o assessor Marco Aurélio "top top" Garcia - acredite, se esforçava para colocar mais lenha nessa fogueira em uma entrevista concedida ao jornal francês Le Figaro. Garcia elogiou a atitude de envio de tropas militares para a fronteira por parte da Venezuela e Equador. Não classifica as Farc como terrorista e tem posição neutra em relação a ela e cobrou mais desculpas de Uribe pela invasão ao território equatoriano.Engana-se quem pensa que essa é uma postura isolada de Marco Aurelio Garcia. É, sim, uma postura assumida a muito tempo pelo presidente Lula. Uma posição ambígua e pragmática. Lula não deixa de ficar em cima do muro, fazendo graça para uma platéia nacionalista, chavista, castrista e totalmente simpática à narcoguerrilha.Seria um exagero falar que o Foro São Paulo dita a regra na America do Sul, mas o fato é que dita muitas atitudes tomadas por parte, e porque não, no todo por governos de esquerda.Um foro que está longe de definir as diretrizes da nossa política externa e perdeu seu sentido original, que era ostentar o regime castrista enquanto caía o muro de Berlim e ruía a União Soviética.A relação de Lula com o Foro é mais uma mostra da duplicidade de orientação tipicamente brasileira que tem em suas raízes uma série de omissões vergonhosas da parte do governo petista. Por causa dessa política e da simpatia do lulismo, condenam-se sequestros e assassinatos praticados pelas Farc, mas não assumem que a organização é ilegal e criminosa.

Somente por Deus.

Hoje não vou bater somente na cara da política brasileira. Vou esbofetear também a igreja católica. Já antecipo minhas desculpas a quem é católico, mas não da para assistir a igreja dando seus “pitacos” retrógrados aos acontecimentos que beneficiariam toda a sociedade.Desde 2005 quando o congresso aprovou a lei de biossegurança, a Procuradoria-Geral da União proibiu o uso de células-tronco embrionárias. Proibição que veio através da pressão que a igreja católica fez usando os fieis e o pretexto que seria um incentivo ao aborto – algo que acho que deveria ser legalizado – mas isso é assunto para outra postagem.Esta semana o Supremo Tribunal Federal dará a palavra final sobre o uso dos embriões. Mas, mais uma vez, os religiosos entraram com uma campanha que contraria as pesquisas, alegando proteção à vida.Antes de colocar minhas criticas e opiniões, vou esclarecer usando as declarações da bióloga Mayara Zatz, uma das maiores especialistas no assunto, a diferença entre célula-tronco embrionária e a utilização de embriões. A pesquisa usará justamente aqueles embriões que serão descartados nas clinicas de inseminação artificial e que jamais serão utilizados em alguma mulher; são embriões in-vitro e em momento algum serão utilizados fetos de qualquer tipo de aborto.Primeiramente, não há utilidade para células adultas, independe do tempo de gestação. A igreja católica alega que esses embriões já são seres vivos. Contestável. Há um consenso entre as autoridades de saúde de que a vida termina quando não há atividade neurológica (morte cerebral) - quando o cérebro pára, a pessoa é declarada morta. Então podemos aceitar que esses embriões também não estão vivos, porque somente na décima quinta semana será formado o sistema neurológico.Ainda segundo Zatz, deputados e senadores tiveram aulas de biologia antes da aprovação da lei de biossegurança. Antes das aulas, 80% dos senadores e 95% dos deputados reprovaram a lei, mas, depois de obter conhecimento cientifico, a aprovação foi de 90% entre senadores e 85% dos deputados. Se a intenção da igreja católica é proteger a vida, concordo plenamente. Mas protejam quem já está vivo. Pessoas que por algum motivo – acidente de carro, assalto, bala perdida ou acidente de trabalho – estão presas em cadeiras de rodas, pessoas que estão morrendo aos poucos com algum tipo de câncer, pessoas que estão rezando (olha a ironia), rezando a Deus para que seja aprovada a retomada das pesquisas e assim possam ter um fio de esperança de algum dia retomar suas vidas, retomar suas rotinas, inclusive ir à igreja, agradecer a Deus por mais uma oportunidade.

Que País é esse?

Cadeia nesse país foi feita apenas para pobre, preto e prostituta! Isso é uma afirmação e já postei aqui em outra ocasião. Mas é muito difícil ler as notícias do cotidiano e não ficar atônito com a falta de governabilidade, de legalidade, do cumprimento do dever e da manutenção dos direitos de qualquer cidadão.Não é novidade para ninguém que a impunidade gera e mantêm a violência em cada estado, cidade, bairro, esquina, viela e casa deste Brasil injusto e permissível.Estou falando tudo isso para te dar uma noção do que vivemos em pleno século XXI e com leis do século XVII. Leis que beneficiam o assassino e prende o esfomeado, aquele ladrão de galinhas que muitas vezes roubou para levar o de comer para os filhos.Essa semana a justiça de Ribeirão Preto – benevolente – não concedeu o pedido de prisão preventiva do jovem Caio Meneguethi Fleury Lombardi, embriagado ou drogado, invadiu um posto de gasolina e atropelou o frentista Carlos Pereira da Silva. Em todos os telejornais mostravam as cenas de violência e covardia do estudante de direito tentando fugir do local do crime. Todo o país assistiu que em momento algum Caio iria prestar socorro ao frentista Carlos que estava em seu trabalho, contribuindo com sua parte dos impostos, gerando riqueza e sustento a família.E tudo isso acontecendo em plena campanha dos governos estaduais e federal para coibir o uso de bebidas alcoólicas na direção. Mas o que vimos foi mais um episodio dessa novela brasileira, tipicamente brasileira, a impunidade!O jovem estudante de direito foi acobertado pelas autoridades e ouvido em um horário pouco convencional para despistar os jornalistas.No outro lado da corda, um jovem ficou preso 7meses sem direito a fiança por beber uma garrafa de cachaça dentro de um supermercado. Não quero defender a atitude, porque crime é crime independentemente do valor furtado. Mas o que me deixa indignado é o fato de quem furta uma garrafa de “caninha” tem de ficar preso e quem quase tira a vida de um homem pode ficar em liberdade? Que justiça é essa que vivemos nesse país?Nossas leis são as melhores do mundo, mas nosso código penal é uma catástrofe! E podemos esquecer que será mudado algum dia. Nosso país está com uma doença terminal, está lotado de políticos corruptos que não tem interesse algum em mudar punições que os colocariam de trás das grades.Um exemplo é o PT. Com seus métodos criminosos, o PT lançou o país em uma grave crise política. Às vésperas da eleição presidencial, o partido cometeu uma violência ao tentar influir nos resultados do pleito estadual paulista pela compra e divulgação de um dossiê falso sobre adversários. O crime foi descoberto. Pela proximidade dos seus autores confessos e dos suspeitos com a campanha de reeleição do presidente Lula e com a própria instituição da Presidência da República, as conseqüências legais poderiam ser severas. Poderiam, mas nada foi feito. Entre os trágicos resultados potenciais do crime está até a impugnação da candidatura de Lula, algo que infelizmente não aconteceu. O episódio é fruto de desgoverno, da colonização do aparelho de estado por militantes petistas contaminados pela notória ausência de ética e moral da esquerda quando esquadrinha a chance de chegar ao poder – e, depois, de mantê-lo a qualquer custo. Sobre essa delituosa sopa primordial paira a figura complacente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele se gaba de ter afastado os amigos, os companheiros de viagem política, ministros e funcionários de alto escalão pegos com a mão na cumbuca, mas não perdeu uma única chance de passar a mão na cabeça dos caídos, de dizer que continuam seus "amigos", seus "meninos", que democracia "não é só coisa limpa" e que não cometeram delitos, mas "simplesmente erraram". Por ter criado e mantido um ambiente propício à propagação da corrupção em seu governo – e sem prejuízo de todas as sanções legais a que se expôs como candidato e presidente –, Lula é o patrono da desastrada compra com dinheiro sujo do falso dossiê. Essa sensação de impunidade que eu, você e qualquer brasileiro sente na pele é fruto de uma cultura que vem de cima para baixo e o que me entristece é ver nitidamente que estamos longe de conquistar uma democracia de fato, com direito e deveres iguais para todos, independente da cor do seu colarinho.

Educação.

Sem educação não há futuro e fora dela não há salvação! Vou citar um exemplo de força de vontade de fazer mudança. Recém saída da ocupação japonesa, a Coréia do Sul era um país destruído com 95% população analfabeta ou alguns analfabetos funcionais. Decidiu investir na educação e na formação de centenas de cientistas. O resultado? Tornou-se nada mais, nada menos que a potência que é hoje. Já por aqui, vivemos de reformas de varejo na educação quando o que deveria ser feito era uma REVOLUÇÃO. Mas isso não dá voto. Nenhum político brasileiro quer uma sociedade pensante, com possibilidade de enxergar as canalhices que acontecem no planalto. Por quê? Porque a educação liberta! O candidato à presidência na última eleição que apresentou a educação com prioridade absoluta teve apenas 2,5% dos votos. Parece que ninguém quer uma educação melhor, ninguém quer deixar de ser dependente desses paraparlamentares, ops! Parlamentares. Quem tem uma educação de qualidade é menos enganado pelos "populistas" e demagogos. A educação tira as pessoas da margem da sociedade e as torna cidadãos! O que nossos governantes não percebem (ou fingem não perceber) é que quanto maior for o investimento na educação, menor ele será em saúde e segurança. Agora, uma educação sem qualidade é apenas um arremedo improdutivo do improviso e da imoralidade que não nos leva a lugar algum.

Descaso.

Sinto-me em um supermercado quando assisto políticos na Tv, ouço no rádio, lendo jornal ou revista. Tudo é pacote! O pacote se tornou uma varinha de condão e assim, num simples balançar tudo voltaria à década de 50 onde os crimes não ultrapassavam a barreira das dez mortes por semana (não estou comemorando tais números). Mas juizes de direito criminal reclamam que as leis são bondosas e eles estão amarrados por essas leis. Nelson Jobim um dos principais relatores da constituição de 1988 reconhece que muitos princípios foram escritos sobre a síndrome do preso político e foram previstos garantias a criminosos como se fosse para proteger perseguidos políticos. Um paradoxo para não usar idiotice! Porque agora estimula a criminalidade e o pior, tudo é cláusula pétria, não pode ser mudado por emenda a não ser por uma nova comissão constituinte. E ai se faz mudança no varejo. Recentemente obrigaram por emenda, a obrigatoriedade dos bloqueios de celulares nas cadeias pela companhia de telefonia móvel. Opa! Tem tomada na cela para recarregar o celular? Entram de tudo nas cadeias brasileiras. Drogas, armas, celulares e ainda conquistaram com a nova constituição a visita íntima (em outros países visita intima somente para casados e com bom comportamento).Advogado não deve ser revistado, mas quem leva qualquer coisa ilegal para um detento não é advogado, é cúmplice! E já chegou a hora de parar com esse bate boca entre governos federal e estaduais. Um acusa o outro de não conter o porte ilegal de armas e o tráfico de drogas no estado e outro acusa de não fiscalizar as fronteiras e coibir a entrada de armas e drogas. No meio de tudo isso, esta o eleitor preventivamente trancado em sua casa e sem segurança para trabalhar e gerar impostos mal administrados. Alias, ele terá que trabalhar e pagar de novo o presídio que foi destruído pelos detentos. Os policiais estão na ponta da segurança pública e ainda conseguem algum resultado com recursos próprios, por dedicação, vontade e vocação. Se sentem abandonados e envergonhados quando um caso de corrupção envolve a corporação. E somos obrigados a ouvir dos governantes que faltam verbas. Mas não faltam impostos! Uma das propostas é o aumento de impostos para custear a segurança no novo programa do governo federal, o PAC. O que nossos parlamentares esquecem que 40% do PIB é o resultado de impostos, mas eles desaparecem em gastos inúteis e na corrupção de mensaleiros, sanguessugas e afins, gente que não deveria esta fora dos presídios. Mas isso sabemos que é uma útopia e que nesse Brasil somente ladrões de galinhas, negros e prostitutas param atrás das grades.

Promessas Vazias.

Estou cansado de promessas vazias! Das promessas vazias dos políticos desse Brasil. Basta acontecer algo que deixe a todos nós de boca aberta, olhos lagrimosos e punhos atados para que algum engravatado aproveitador da dor alheia venha a público com suas promessas vazias com objetivo de garimpar votos e gritando aos quatro ventos que “agora sim” (porque antes não podia?) teremos que endurecer as leis e as punições. Os fatos mostram a todos nós que essas “boas intenções” duram algumas semanas e depois são substituídas pelos interesses da córgia política, o interesse do “toma-la-da-cá”.Outro dia assistindo ao futebol pela televisão, vi uma cena que há muito me entristece. São as homenagens as vítimas dessa guerra civil. Para tudo! Um minuto de silencio e o jogo se da início. Como se isso fosse acalentar os corações despedaçados de toda família, vítima não só do marginal que tirou a vida do ente querido, mas do descaso da segurança pública. Quem não se lembra do índio Gaudinho. Dez anos já se passou desde que o índio Pataxo foi queimado numa fogueira de álcool e muitos diziam que tínhamos chegado ao fundo do poço. Engano! O fundo já estava há muito tempo bem acima de nós. Já banalizamos a morte, o horror e estamos indiferentes à dor do próximo. Fomos muito além do limite da intolerância quando queimamos numa fogueira de pneus o jornalista Tim Lopes e ai o país ouviu as autoridades de diversas áreas, inclusive legisladores. (que nada fazem)Ouvimos novamente quando um menor chefiou as atrocidades cometidas com um jovem casal que acampava na região de Embu. Nos ataques do PCC em São Paulo, ouviu-se tudo de novo! Já no Rio de Janeiro, os ataques resultaram em um desfile militar pomposo da Força Nacional de (in) Segurança. E quem poderia esquecer a barbárie cometida com o garoto João Helio?. Ao invés de sérias mudanças, vimos horrorizados um pai sendo morto na frente da filha na garupa de uma moto aqui em São Paulo. E tudo com transmissão ao vivo pelos telejornais (a noticia em tempo real). É diário o crime, sem folga nos finais de semana, sem férias no final do ano. Constante, persistente e impune! E a nossa reação? Para tudo! um minuto de silêncio e o jogo se da inicio. Não se combate algo concreto, combate o abstrato. Combate a violência e não o bandido, pede-se paz e não a lei. Palavras substituem a ação, crime virou criminalidade e assim se da mais tempo ao bandido enquanto se pronúncia essa palavra imensa, para inflar a estatística de guerra. No Iraque semana passada morreram 18 pessoas. Aqui no Brasil, 200 em um único dia.

Bem Vindo!


Olá amigos, leitores e porque não, ouvintes (kiss e metropolitana). Sempre tive vontade de montar um blog e poder dividir minhas opiniões em diversos assuntos com vocês. Vivemos em um tempo de inversão de valores. São filhos mantando pais, leis que beneficiam marginais, políticos com dinheiro na cueca (antes era no exterior). Chegamos ao ponto de até festejar um assalto que um apresentador global sofreu no ano passado.Quero colocar aqui e abrir também espaço para as indignações que assistimos e sentimos com tanto descaso, com tanta falta de humanização desse Brasil, alias, dois "Brasis" ou melhor, três. Um Brasil evoluido de primeiro mundo, onde as pessoas comem bem, moram em bons lugares e com carros que custam o valor de apartamento de classe média (não é uma crítica). Outro Brasil de pessoas que vivem no meio termo. Ralam muito, ganham nem tanto, com sacrifício conseguem construir sua própria e modesta casa, criar seus filhos com o minimo de educação básica e leva-los ate a faculdade (porque depois dependem deles) e com muitos anos e sacrificio juntar uma aposentadoria. E finalmente o terceiro Brasil, onde pessoas passam fome e colhem o que sobram das feiras e mercadões desse país tão injusto. Veêm seus filhos perdidos nas drogas e entrando para o crime (não é regra, mas a boa parte), pessoas que sofrem na pele o descaso dos políticos brasileiros, os mesmos que prometem ajuda nas campanhas eleitorais e viram as costas em suas salas refrigeradas dos seus gabinetes. É isso que vocês irão ler aqui e claro, dando suas opiniões.Buscamos um país mais justo para todos, independemente da classe social ou racial.Bem vindos ao Planalto dos Palhaços.