domingo, 28 de dezembro de 2008

Feliz 2009




Fala Galera!!! Bom, em primeiro lugar, me desculpem por não estar atualizando o blog. Sinto muito, mas foi um corre-corre que não fazem ideia.
A finalização de um semestre na faculdade e logo em seguida os horários loucos nas duas emissoras que trabalho (Metropolitana FM e Kiss FM). Fiquei em débito até mesmo com pessoas que amo e gostaria de passar mais tempo junto e não rolou.
Para o ano que vem prometo ser mais disciplinado e fazer atualizações uma vez por semana. Assunto não falta para isso, já que temos uma boa fonte de escândalos (nossos parlamentares).
Mas passei por aqui para desejar a todos um Feliz Ano Novo. Que ele seja realmente NOVO para cada um que acessa esse blog e deixa aqui sua opnião (concordando ou não com a minha).
Que 2009 seja repleto de realizações e que a energia se renove. Que possamos crer que esse país tem jeito. Que os políticos parem de olhar o próprio umbigo e olhe para a sociedade como um todo.


Ano que vem eu volto com tudo para colocar a boca no trombone - ou os dedos no teclado...rs


Juízo a todos e até Fevereiro ( sim! saio de férias.. oba!)

domingo, 7 de dezembro de 2008

Sete Pecados Capitais.

Sou um pecador! É verdade! Descobri neste final de semana que pratico um dos sete pecados capitais. A inveja!
Descobri como funciona uma parte do judiciário norte-americano para punir políticos pegos com a boca na botija. Enquanto nossos ministros do supremo pensam de que forma inocentar parlamentares comprovadamente culpados, a suprema corte nos Estados Unidos pune, severamente, até os políticos mentirosos. É o caso do prefeito de Detroit, Kwane Kilpatrick.
Kilpatrick mantinha um caso extraconjugal com a secretária do seu gabinete, Christine Beatty, e foi flagrado por dois policiais que o levaram a julgamento.
O prefeito e a secretária negaram, sob juramento, que houvesse um romance entre eles. A suprema corte condenou Kilpatrick a quatro meses de cadeia e uma multa de 1 milhão de dólares. Perdeu seus direitos políticos por 5 anos e não poderá mais advogar.
Enquanto o prefeito de Detroit era condenado merecidamente por ter apenas mentido durante julgamento, aqui nas terras dos Tupiniquins, o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, fazia ronda para se livrar da cassação que estava sendo julgado no Congresso Nacional. Cunha Lima foi condenado à perda do mandato por ter distribuído 3,5 milhões de reais a eleitores na campanha de 2006. Diferente do prefeito americano, a maior punição que Cunha Lima pode sofrer é a perda do cargo. O governador paraibano não precisará reembolsar os cofres públicos os 3,5 milhões de reais e seguira recebendo a aposentadoria de 22 milhões de reais como ex-governador. E não para por ai. Na condição de ex-governador poderá se candidatar aos próximos pleitos e continuará com a famosa e vergonhosa imunidade parlamentar. É justamente essa regalia que fez se arrastar por quase dois anos o julgamento do governador caridoso. Fico empolado com minha inveja ao saber que o prefeito de Detroit foi julgado e condenado em menos de 8 meses após descoberto o romance fora do casamento.
Leis é o que mais existem em nosso país. Em 2001, o ex governador do Piauí, Mão Santa foi o primeiro a ser julgado sob a nova legislação eleitoral e perdeu o mandato por uso da máquina pública e compra de votos. Mão Santa não perdeu seus direitos políticos e hoje é senador pelo seu estado e mesmo cassado recebe pensão como ex-governador e o valor ele não revela.
Nos Estados Unidos, existem todos os males que temos aqui no Brasil: políticos recorrendo infinitamente para se livrar da punição, políticos usando os cofres públicos como se fossem suas economias pessoais e usando a máquina para se reeleger. A diferença, e bota diferença nisso, é que mais cedo ou mais tarde, a Justiça americana manda os larápios para a cadeia. Aqui, no lado sul do continente, apenas esperamos o próximo recurso que nunca será julgado.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

30 Anos sem Vlado.

Exitem coisas que só valem uma vez. A segunda, geralmente é decepcionante. Filmes por exemplo. As continuações são frustrantes. É justamente isso o que aconteceu na Praça da Sé, na Catedral de São Paulo, no dia 23 de outubro, um domingo cinzento e chuvoso, no ato de homenagem aos 30 anos do assassinato de Vladimir Herzog por agentes da ditadura de 64 e pela paz. Para quem já leu a história de Herzog, conhece o cenário naquela sexta-feira, 31 de outubro 1978. São Paulo estava inquieta e cheia de disse-me-disse e ameaças. Falava-se do ato público na Catedral meio que no boca-a-boca, sobre uma possível invasão policial da praça para impedir e prender todos que estivessem no local. Mesmo assim, com a cidade sitiada, muita gente foi a Praça - 8 mil pessoas, segundo vários livros. Existe uma frase popular - e verdadeira - muito conhecida, "a história quando se repete é como farsa". Essa foi a sensação de muitos que participaram do primeiro movimento e que compareceram na Praça trinta anos depois. Políticos de tudo quanto é legenda - PT, PMDB, RDB, CDB - e por ai vai. Aproveitadores usando um ato histórico de grande importância para nossa sociedade para bancar de bom moço com intenções no pleito municipal. Mas a entrega do prêmio foi bem diferente. Noite de primavera paulistana. Céu limpo, temperatura amena e um leve sopro de vento. Esse é o cenário que testemunha mais uma entrega do prêmio Vladimir Herzog no teatro da PUC – TUCA. Cheguei em cima da hora para pegar os jornalistas de nome e renome para uma entrevista. Não seria a primeira, mas sim uma das mais importantes entrevista até o momento na minha carreira estudantil.
Na entrada do TUCA encontrei o jornalista Ricardo Kotsho. Paulista de 60 anos, quarenta deles dedicado ao jornalismo. Dono de um estilo inconfundível e mestre na arte maior da sua profissão — a reportagem. Em suas andanças como jornalista, Kotscho viajou o país todo, sempre ajudando a contar a história recente do Brasil. No nordeste cobriu o desastre aéreo que matou o ex-presidente Castello Branco, em 1967. Na capital paulista, cobriu o traumático incêndio do edifício Andraus, em 1972. Já no planalto, investigou as mordomias de que gozavam superfuncionários, na série de matérias que o projetou como jornalista, em 1976, e lhe rendeu o primeiro prêmio Esso – Kotsho possui três desses. Sua participação ativa na campanha das Diretas, em 1984 também não poderia deixar de ser lembrada. Sempre atuante, Ricardo Kotscho foi um dos indicados ao prêmio Vladimir Herzog. Numa conversa descontraída, falou que não esperava receber a indicação muito menos o prêmio. “É legal porque não é um prêmio que você se inscreve” declara o jornalista. “Parece que ganhou na loteria sem ter comprado o bilhete, sem ter jogado, entende?” conclui Koscho. O jornalista ainda completa dizendo que fica contente em saber que a votação do prêmio é feita pelos colegas de profissão e é isso que faz toda a diferença em receber algo assim. Com uma votação criteriosa onde mais de quinhentos jornalistas votam para decidir quem leva o cobiçado troféu, não pelo valor material, mas sim pelo valor simbólico que o emprega. Esse foi o 30° prêmio Vladimir Herzog. E de todos que Ricardo Koscho já presenciou, declara que não se lembrar das matérias, mas não esquece que foram em 1981 e 1983, edições onde o jornalista foi premiado. Exerceu a profissão no período mais negro da nossa história brasileira. Afirma que nunca foi ameaçado de morte por causa das suas idéias e matérias. “Não, nunca sofri ameaças. Eu sempre fui muito cagão, medroso e isso foi bom, porque me manteve longe dos conflitos diretos (risos)” declara o jornalista. Mesmo não recebendo ameaças, Koscho foi orientado a morar fora por um tempo. Foi para Alemanha depois de denunciar a morte de um operário. “Depois de escrever uma matéria denunciando a morte do líder operário Manuel Fiel Filho, alias, a morte dele era semelhante a do Herzog. Então, sai do Brasil por um tempo e continuei ajudando a denunciar os crimes aqui no país.” Afirma Ricardo. O movimento de pessoas entrando no TUCA era grande e lá dentro já iniciava a cerimônia ao som do Hino Nacional em ritmo de samba. Foram feitas homenagens aos jornalistas já falecidos, casos de Perseu Abramo e Lourenço Diaféria – este morto em setembro deste ano - antecedendo a entrega dos troféus aos premiados em nove categorias. Além do 30º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, o Sindicato também promoveu o 4º Prêmio Vladimir Herzog de Novos Talentos, voltado para estudantes de Jornalismo de São Paulo. Houve homenagem à família Teles pela vitória na ação que obriga o Estado a responsabilizar o comandante do DOI CODI de São Paulo entre 1970 e 1974, coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, pela série de torturas a que membros da família foram submetidos. Um momento marcante é a critica do Ministro Vanucchi sobre a posição da Advocacia Geral da União e colocou publicamente a sua posição a respeito da responsabilização dos crimes de tortura durante a ditadura militar. “Nosso Governo, por determinação do próprio presidente Lula, tem desenvolvido uma série de ações voltadas para o direito à memória e à verdade. E a manifestação jurídica da Advocacia Geral da União, sem desqualificar ou condenar sua atribuição que é defender a União, evidentemente produziu uma peça que tem uma manifestação de posições que são inaceitáveis para os direitos humanos, que colidem com a posição minha, com a posição do Ministério da Justiça, de vários outros ministérios.”, argumentou.“Vou levar ao presidente a idéia de que isso tem de ser superado, com a unificação de uma posição clara.” afirmou. “Quando a AGU tiver de fazer uma manifestação como essa, não pode adiantar pontos de vista, como dizer que a tortura é crime prescritivo, porque o Governo não tem posição sobre isso.”, concluiu o ministro. Outro momento de comoção foi a chegada de Clarice Herzog no teatro. Aplaudida desde a entrada até o momento que se sentou para assistir, mais uma vez, a homenagem a seu companheiro do passado. Atenta a tudo sempre calada, ficou difícil de decifrar o que se passava no pensamento daquela mulher depois de 30 anos de um crime covarde.

Anos de Chumbo.

Quem tem menos de 30 anos não viveu os piores anos da nossa história. Saberão apenas pelos livros ou nas rodas de familiares o que foi a Ditadura militar no Brasil. Os anos de chumbo, assim foi chamado pela impresa, o periodo de maior censura as informações e de menor liberdade política na história desse país.Dezoito milhões de eleitores brasileiros sofreram das restrições impostas por aqueles que assumiram o poder, ignorando e cancelando a validade da Constituição Brasileira, criando através de Atos Instituionais, 17 ao todo, um Estado de exceção, suspendendo a democracia.Os anos de chumbo foram o período mais repressivo da ditadura militar no Brasil, estendendo-se basicamente do fim de 1968 quando o Presidente da República General Costa e Silva promulgava o Ato Institucional número 5, o maior instrumento de arbítrio até então utilizado na história da República, cujo resultado prático foi a suspensão de liberdades individuais, intervenção no judiciário, cassação de mandatos e o fechamento do Congresso por tempo indeterminado.Foram, provavelmente, os anos de maior progresso econômico da história recente do país, apesar do avanço da inflação que ocasionava o aumento da pobreza e da grande desigualdade social, além do elevado grau de repressão política.Foi no meio desse cenário que surgiu em 26 de abril de 1965 uma emissora, que se tornaria a maior rede de televisão no Brasil e a quarta do mundo. Os Diários Associados, que faziam campanha contra a presença de capital estrangeiro na mídia brasileira, denunciaram a existência de um acordo entre Roberto Marinho e o grupo Time-Life, que detinha alguns dos maiores veículos de comunicação do mundo.Após diferenças entre Marinho e o governador Carlos Lacerda, este mandou prender norte-americanos e cubanos que trabalhavam na TV Globo como representantes do Time-Life. A Globo foi criada um ano depois do golpe militar que mergulharia o País nas trevas por 20 anos. A família Marinho sempre ficou do lado do governo - independentemente de quem fosse o partido - era sempre situação.Um dos instrumentos que utilizou para apoiar a ditadura foi o jornalismo. Enquanto milhares eram torturados e morriam nos porões da Ditadura, os jornais televisivos da Globo mostravam um País tranqüilo e ordeiro.As novelas mostravam um povo alegre, feliz, preocupado apenas com desilusões amorosas e dramas familiares. Os programas de auditório – um dos assuntos que abordaremos mais adiante - e as transmissões de futebol também ajudavam a criar esse clima.Preparada para ficar ao lado do poder, a empresa mudou suas táticas à medida que mudavam as condições políticas do País. Vendo o fim da ditadura militar, devido o crescimento do neoliberalismo, adotou a candidatura da oposição burguesa nas eleições indiretas disputadas no Colégio Eleitoral. Sabia que esta seria uma saída segura frente ao crescimento do movimento popular, cujas maiores expressões eram o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) que se formavam no ABC paulista.Um das grandes ferramentas da ditadura, foi os programas de documentários do Amaral Netto e o de auditório de Flávio Cavalcanti. Esse, com seus gestos agressivos e expressões faciais, quebrando discos das músicas que não agradava ou aplaudindo empolgadíssimo os artistas preferidos, foi conquistando os telespectadores e se tornando uma figura influente na aprovação e aceitação da ditadura.
Flávio Cavalcante era a favor dos armísticos no poder para a manutenção da moral e dos bons costumes. O apresentador mais importante da extinta Manchete, mostrava imensas obras de engenharia, um país realmente em crescimento exponencial, era a época do Brasil Grande, Milagre Brasileiro ou o Milagre Econômico. Grandes obras, como a ponte Rio-Niterói e um dos exemplos de obras faraônicas.Amaral Netto era um concorrente direto na audiência com Cavalcante. As organizações Globo investiam em Netto oferecendo horário nobre para exaltar as façanhas militares em tom de samba-canção. Façanhas como a hidrelétrica de Itaipu ou a rodovia Transamazônica. Amaral culpava os “comunas” sobre a paralização das obras no empreendimento na Amazônia.Os militares pressionavam sempre a emissora quando havia mudança na grade dos programas e principalmente no horário de Amaral Netto. O apresentador tinha conexão direta com o presidente e com os ministros militares e eles falavam diretamente com o Roberto Marinho que voltava o programa para o horário de melhor audiência.
Em 1980, Lula é preso por João Figueiredo – seria o último presidente militar - e a partir desse momento, os empregados que ainda eram contra Luís Inácio, passam a apoiar o movimento das Diretas Já.Começam pressões em toda parte do país para eleger diretamente o presidente e parlamentares que só viriam uma década depois.Não podemos deixar de mencionar a manobra nas eleições de 1989. Finalmente acontecia as primeiras eleições – ainda que indireta - para presidente e assim foi eleito Tancredo Neves que não assume a presidência e morre alguns dias antes da posse. Somente nas próximas eleições que seria realizado a primeira eleição direta entre Fernando Collor, que surgiu como alternativa para burguesia e Luís Inácio da Silva, representando a classe pobre. A Globo, mais uma vez, vendeu a imagem de Collor como um campeão do combate à corrupção. O caçador de marajás como ficou conhecido e era o slogan de sua campanha. Mesmo assim, Lula, candidato do PT e apoiado pela CUT, foi para o 2º turno das eleições. Nesse momento, a Globo entrou com tudo. Fez uma enorme campanha de terrorismo e calúnias contra o candidato popular e manobrou as edições dos debates entre os candidatos favorecendo e elegendo Collor. A partir de então, é dado início as grandes transformações na sociedade e a aceitação do neoliberalismo no País. Momento de glória para a Globo e para dezenas de políticos gatunarem os cofres públicos. Insatisfeito com o pedaço da fatia, Roberto Marinho começa o projeto de tirar o presidente Collor do poder. Com denúncias de corrupção sendo transmitida nos principais telejornais da emissora, influenciando a opinião pública, manipulou a sociedade e exibia as manifestações contra Fernando Collor. Ele caiu, mas o neoliberalismo e a Rede Globo ficaram.

Quanto Vale a Arroba?

O ministro da Justiça Tarso Genro tem a sindrome do marido traído. Não por ser o último a saber, e sim, por queimar o sofá ao flagrar a esposa com o amante no mesmo. Falo isso por saber dos rumos que tomaram as investigações da Operação Satiagraha. Inclusive com a punição do delegado federal Protógenes de Queiroz - é aqui que cabe a frase inicial. A cada dia que passa nos surpreendemos com o comportamento de cada brasileiro e dos criminosos brasileiros. Parecem personagens de um interminável seriado mexicano. Mudam os montantes dos assaltos, mudam os ambientes e os truques, mas a história é a mesma: lucros fabulosos com operações altamente sofisticadas, sempre ilegais.
Chamá-los de incorrigíveis é reduzir esta persistência a uma compulsão pela imoralidade. Seria uma forma de minimizar o fenômeno e retirar dele o aspecto sistêmico, institucional e impunitivo.Os trambiques de Naji Nahas já têm quase duas décadas, Daniel Dantas protagoniza o noticiário dos escândalos há três lustros e o novato Celso Pitta enrosca-se em negócios escusos há quase oito. E nosso ministro preocupa-se com o trabalho - sério e profissional - do delegado que tenta apenas cumprir suas funções.
A culpa pela impunidade não é da imprensa, mesmo se quisesse não poderia acompanhar todos os escândalos simultaneamente. O que é divulgado é apenas uma pequena parcela do que eles - os parlamentares e empreiteiros - roubam dos cofres públicos. É divulgado na mídia porque alguém delata. Mas não se iluda achando que o delator é um cidadão de bem, com boas intenções para melhorar nosso país e defender seus direitos. Não! O delator entrega porque não participou da partilha do roubo, do golpe contra o dinheiro público e então se torna um delator insatisfeito, magoado e vingativo.
As sucessivas reprises e repetecos têm causas bem definidas: a lentidão da Justiça, que leva uma eternidade para dizer quem é inocente e quem é culpado, e a fascinação de grupos próximos ao poder pelos "gênios" políticos e financeiros que se infiltram nos gabinetes com idéias mirabolantes.É preciso não esquecer que o mensalão, onde começou o novo capítulo da biografia de Daniel Dantas, foi criado por outro gênio, o lobista Marcos Valério, por sua vez estimulado pelos gênios que pretendiam criar num passe de mágica uma maioria no Congresso. Escândalo que foi parar em algum freezer petista no fundo de uma garagem parlamentar.
O escândalo da Varig resultou da preguiça das autoridades em encontrar uma solução rigorosa e honesta para salvar a companhia aérea. No maior acidente aéreo do país, o voo da TAM que caiu em São Paulo, procura-se uma forma de enquadrar os incompetentes ao codigo penal. Simples! 199 homicídio doloso. Ponto!
Zuleido Veras, o dono da Gautama, inventou um nome místico para uma fabulosa engenharia sem obras com o apoio dos "Partícipes Trambiqueiros".Atrás de cada escândalo há um fraudador brilhante, criativo e um séquito de advogados, executivos e políticos fascinados pela facilidade em embolsar indevidamente grandes quantias.
A imprensa só tem uma culpa: a de não conseguir trazer aos olhos de todos, todas as falcatruas, conchavos, acertos ilicitos que nossos parlamentares, na calada da noite, nos becos úmidos aos cochichos se organizam. Como um dia cantou Zé Ramalho:
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"Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal..."
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Somos negociados como gado e assim, calados, conformados, vamos morrendo aos montes.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

15 Minutos de Fama.

Ultimamente minha vontade é de hibernar. Fazer como urso e dormir por dias, meses, e por que não, anos. Quero dormir para nao assistir o que anda acontecendo com o ser humano. Vivemos em um tempo onde todos procuram ter o seu momento de celebridade. Vale tudo! Desde enviar cópias de vídeos para entrar em um reality show, declarações falsas para a policia que investiga a morte de uma menina de cinco anos e recentemente a compra de qualquer objeto que pertenceu ao narcotraficante Abadia.Existem dois pontos a serem observados nesse caso. Porque alguém se acotovela no meio de uma multidão para possuir qualquer coisa que pertenceu ao colombiano? Tinha até cueca usada, que nojo! E porque a justiça permitiu que o tal leilão fosse feito da forma que foi?Quando se sabe a origem dos produtos, deixa de ser uma aquisição moralmente correta e passa-se a ser receptação imoral.São frutos da deterioração de milhares de vidas, jovens mortos por não pagarem suas dividas, viciados que partem para o assalto em busca de saciar o vício. Para quem nao fez correlacão, até os seqüestros relâmpagos são, muitas vezes, meios de aplacar o vicio, forçando a vítima a sacar quantias em dinheiro para o uso imediato. Sem esquecer as vidas de dezenas de centenas de policiais assassinados em combate por tentarem fazerem a lei valer.Fico me questionando porque não é feito leilão com os bens de parlamentares corruptos. Comprovadamente corruptos!Belas mansões, carros de luxo, bois vendidos a peso de ouro, barcos, motos enfim, dezenas de produtos que também foram conquistados de forma ilícita. Foram adquiridos com desvio de verbas públicas, de conchavos com empreiteiros. São batedores de carteiras da nossa sociedade. Não importa qual foi à forma, mas sim o crime cometido. A falta de investimento na educação, em segurança pública, em projetos aos jovens, eleva o índice de criminalidade porque o dinheiro para tais projetos foi parar em contas de paraíso fiscal. São questões que estão entrelaçadas.O episódio do mensalão, por exemplo, não foi apenas o mais grave escândalo ocorrido no governo Lula – foi também o mais impudente. A título de lembrança, apenas algumas das cenas de corrupção explícita que ele revelou: empresário carequinha que com uma mão recebia rios de dinheiro do governo e com a outra distribuía bolos de notas a aliados desse mesmo governo; deputados saindo de bancos com malas recheadas de reais ou entrando furtivamente em quartos de hotel para repartir o butim; marqueteiro confessando em rede nacional que recebeu pagamento do PT proveniente de caixa dois e o depositou em conta no exterior. Ao todo foram quarenta parlamentares pegos com a mão na cumbuca. É o resultado da ação de uma "organização criminosa" chefiada pelo ex-ministro José Dirceu que completou seu segundo aniversário sem que haja um único punido. E nem serão! Em nenhum momento a justiça esboçou qualquer intenção de seqüestrar os bens e fazer um leilão com a mesma publicidade do narcotraficante. Ao contrario, são beneficiados com salários pomposos e vitalícios como o deputado federal José Janene – ex-líder do PP e sacador de 4,1 milhões de reais das contas de Marcos Valério –, não perdeu a função na qual foi flagrado. Aposentado pela Câmara com um salário integral de 12.800 reais, Janene foi reeleito em abril primeiro-tesoureiro do PP. Isso mesmo. O homem que, em nome de seu partido, recebeu milhões de reais não declarados à Justiça Eleitoral continua dirigindo a legenda – e no cargo de gestor de finanças.Aqui no mundo real, pessoas desembolsam 49 mil reais em um Rural que no mercado real não vale mais do que 9 mil. Apaguem as luzes e façam silêncio! Eu quero voltar a dormir.

Solidão.

Terminei de ler Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marques. Para quem não teve a oportunidade de ler a obra, o escritor fala da estirpe dos solitários para a qual não será dada uma segunda oportunidade. Esse mundo moderno, capitalista – pelo menos no ocidente – vive em comunidades. Todo o sistema foi divido em países, estados, cidades, bairros, ruas e dividiu também o ser humano. Alguns especialistas afirmam que o homem não consegue viver sozinho. Discordo!Cada individuo vive hoje sozinho e isolado dentro da sua mente. Buscando o sucesso em diversas áreas (profissional, amorosa, amizade, familiar e etc.)Nessa busca alucinada pela perfeição, deixamos de olhar nos olhos das pessoas que estão ao nosso lado. Deixamos de dizer o quanto ela é importante por dividir a “estrada da vida” conosco. Aos estranhos o tratamento é ainda pior. Paramos por exemplo, de cumprimentar o vizinho, isso quando, e se, o conhecemos. Entramos em nossos carros, armados de rancor e mau humor, amarramos à cara e partimos para o combate. É como uma luta corpo a corpo, mas usamos o no “carro a carro” até o destino final. Entramos em elevadores de cabeça baixa e quando falamos um “bom dia” é sem qualquer intenção do verdadeiro desejo – e recebemos a resposta com o mesmo sentimento.A solidão que cada ser humano sente hoje reflete no aumento da criminalidade – ou será o contrario? Será que o aumento da criminalidade distanciou todo mundo de todo mundo?Banalizamos a morte. Não nos importamos quando alguém querido perde um ente. Vamos ao velório do amigo por etiqueta e antes de sairmos de casa em direção ao ultimo “adeus”, desejamos que seja o mais rápido possível.Há quanto tempo não liga para aquele amigo do colégio? Amigo que dividiu com você uma das etapas mais importante (e divertida) da sua vida. Há quanto tempo não olhou para sua mulher ou para seu marido e declarou o quanto o (a) ama?Há quanto tempo não chega em casa e da um abraço no seu filho ou filha?São pequenas coisas que fazem o nosso dia ser grande e especial.

Voto.

Todos nós, ricos ou pobres, brancos ou negros, independente da idade, temos nossos deveres e direitos. Mas a balança da cidadania esta quebrada há muito tempo. Nossos direitos estão sendo tolhidos, cerceados e a cada dia nos tornamos vítimas de uma classe mesquinha e improdutiva: a dos políticos! Na década de 80, mais precisamente em 1985, foi dado o direito do voto ao analfabeto – um tema que causou e ainda causa muita discussão. Os contrários ao voto dos analfabetos sustentam que a pessoa que não sabe ler e escrever não está apta a escolher seus dirigentes, constituindo-se em frágil massa a ser manobrada pelos mais letrados. O ex-ministro Carlos Maximiliano sintetizava a posição dos defensores do voto somente ao alfabetizado, afirmando que falta ao analfabeto o controle de seu voto, podendo ser conduzido a eleger quem não gostaria de ter no poder, estando sujeitos ao famoso voto de cabresto, mas talvez de uma forma mais disfarçada. Estamos atolados em políticas assistencialistas justamente pela usurpação de políticos de índoles duvidosas, de atitudes suspeitas e vontade de permanecer eternamente no poder. Lembro que era criança quando essa lei foi aprovada. Muitas pessoas comemoravam a liberdade, o acesso às urnas. A idéia a princípio era frutuosa e jogava uma luz sobre a democracia. Mas, passados 23 anos (três anos depois teríamos a primeira eleição direta para presidente), vemos que foi uma manobra de massa e de acordos para que o curral eleitoral fosse mais numeroso. Mesmo sendo facultativo, o voto do analfabeto tem grande peso na decisão de quem governa o país ou os estados. Somos vítimas de oportunistas da nossa sensação de liberdade e pagamos o preço da escolha de pessoas despreparadas.

Até Quando?

Até quando vamos permitir, ou melhor, vamos tolerar certos acontecimentos que só existem no Brasil? Esse é o único país onde se premia quem deveria ser punido e puni quem deveria ser premiado.Orlando Lovecchio Filho foi uma das vítimas da guerrilha em 1968. Na época tinha apenas 22 anos e o objetivo de se tornar piloto comercial. Mas teve seu sonho e uma das pernas dilacerada por uma bomba detonada por Diógenes Oliveira, militante do partido de esquerda, em frente à Embaixada Americana – percebe que a idiotice da luta contra os norte americanos é antiga.Lovecchio teve de mudar seus planos. Cursou administração, montou uma empresa e entrou em falência durante o governo Collor. Recebe atualmente do INSS uma aposentadoria por invalidez de R$ 571 e todas as perspectivas de uma vida melhor jogadas no ralo.Mas do outro lado da história, Diógenes, depois do atentado, fez curso de explosivos em Cuba, atacou quartéis e esteve envolvido no assassinato de um americano. Fugiu para a Europa e morou alguns anos na África. Ao voltar para o Brasil, se filiou ao PT – algo que não causa estranheza. O nome é familiar? Sim! Esse é o Diógenes onde aparece sua voz pedindo ao chefe de políciado Rio Grande do Sul para aliviar a repressão aos bicheiros. Após esse escândalo o partido pediu a sua saída. Mais um dos “meninos” do presidente.Onde esta a premiação? Oras o senhor Oliveira recebe pensão vitalícia da repressão durante o governo militar. Tem um salário de R$ 1.627 e mais R$ 400.000 de pagamentos atrasados.Pior que tudo dentro da lei. Desde 2.002, durante o governo Lula, foi aprovada a lei que garante aos anistiados políticos reparação financeira. Por mais absurdo que possa ser, não é ilegal mas é imoral.No direito existe um termo usado que é “assumir o risco do resultado”. Assumiu o risco de ser caçado, preso e condenado pelos crimes que praticam. E isso não poderia, não deveria de forma alguma ser abonado, nem judicialmente, nem financeiramente. Outro caso que fica entalado na minha garganta é o caso Lamarca. Em 1969, o capitão Carlos Lamarca traiu seus companheiros de farda, roubou armas e munição do quartel onde servia, desertou do Exército e, a soldo de uma potência estrangeira, matou inocentes a sangue-frio com o objetivo de implantar no Brasil uma ditadura comunista. Foi morto em combate por militares que cumpriam o dever de detê-lo. Quase quarenta anos depois, o terrorista acaba de ser transformado em mártir nacional pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Lamarca foi promovido postumamente a coronel e premiado com os rendimentos de general-de-brigada. Com isso, seus familiares receberão a pensão correspondente a R$ 12.152 por mês. Além disso, a viúva e seus dois filhos embolsarão cada um uma indenização de R$ 100.000. A comissão de Anistia do Ministério da (In) Justiça não levou em consideração as vitimas inocentes da barbaria promovida pelo ex-capitão. Torturas, seqüestros e assassinatos são algumas das atrocidades cometidas em nome de uma política esquerdista para poucos. Semana passada fiquei enojado durante o horário político gratuito do PCdoB. Fizeram descaradamente apologia à guerrilha, homenagearam os colombianos das Farc mortos em território Equatoriano. Como fazem isso usando o nosso dinheiro? Quem lhes deu a permissão de usar espaço público de TV e radio para tal crime? E o que me deixa mais indignado que se fosse eu, você ou outro cidadão comum fazendo a mesma propaganda ao terrorismo, estaríamos presos sem direito a fiança.Estamos na contra mão do bom senso. Logo estaremos premiando traficantes como Fernandinho Beira Mar, Marcola do PCC, Marcinho VP do Comando Vermelho entre outros. Em breve será criado o “Bolsa Terrorismo” – porque não? Vale tudo para conquistar um terceiro mandato.