"Filho nosso". Essa foi à definição que Lula usou na última participação do Foro São Paulo. Para quem ainda não ouviu falar de tal Foro eu explico. Segundo o Wikipédia, o Foro de São Paulo (FSP) é o nome genérico de um encontro bianual de partidos políticos e organizações sociais de esquerda e nacionalista da América Latina e do Caribe. Esse encontro realizou-se pela primeira vez na cidade de São Paulo - de onde tomou seu nome - em 1990, e que volta a se reunir a cada dois anos em locais distintos. O congresso tem o propósito, segundo declaram seus líderes, de discutir alternativas populares e democráticas às políticas neoliberais dominantes na América Latina dos anos 1990. Declaram também ter o objetivo de promover a integração econômica, política e cultural da região. Participam da organização desde partidos políticos com atuação em processos eleitorais regulares até organizações não-governamentais e representantes de movimentos de esquerda armados - guerrilhas. Guerrilhas como as Farc. O Foro São Paulo teve a participação de Lula e Garcia em sua fundação.No auge da crise deflagrada na fronteira do Equador com a Colômbia e Venezuela, enquanto o governo brasileiro se empenhava para baixar os ânimos, o assessor Marco Aurélio "top top" Garcia - acredite, se esforçava para colocar mais lenha nessa fogueira em uma entrevista concedida ao jornal francês Le Figaro. Garcia elogiou a atitude de envio de tropas militares para a fronteira por parte da Venezuela e Equador. Não classifica as Farc como terrorista e tem posição neutra em relação a ela e cobrou mais desculpas de Uribe pela invasão ao território equatoriano.Engana-se quem pensa que essa é uma postura isolada de Marco Aurelio Garcia. É, sim, uma postura assumida a muito tempo pelo presidente Lula. Uma posição ambígua e pragmática. Lula não deixa de ficar em cima do muro, fazendo graça para uma platéia nacionalista, chavista, castrista e totalmente simpática à narcoguerrilha.Seria um exagero falar que o Foro São Paulo dita a regra na America do Sul, mas o fato é que dita muitas atitudes tomadas por parte, e porque não, no todo por governos de esquerda.Um foro que está longe de definir as diretrizes da nossa política externa e perdeu seu sentido original, que era ostentar o regime castrista enquanto caía o muro de Berlim e ruía a União Soviética.A relação de Lula com o Foro é mais uma mostra da duplicidade de orientação tipicamente brasileira que tem em suas raízes uma série de omissões vergonhosas da parte do governo petista. Por causa dessa política e da simpatia do lulismo, condenam-se sequestros e assassinatos praticados pelas Farc, mas não assumem que a organização é ilegal e criminosa.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
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