Estou cansado de promessas vazias! Das promessas vazias dos políticos desse Brasil. Basta acontecer algo que deixe a todos nós de boca aberta, olhos lagrimosos e punhos atados para que algum engravatado aproveitador da dor alheia venha a público com suas promessas vazias com objetivo de garimpar votos e gritando aos quatro ventos que “agora sim” (porque antes não podia?) teremos que endurecer as leis e as punições. Os fatos mostram a todos nós que essas “boas intenções” duram algumas semanas e depois são substituídas pelos interesses da córgia política, o interesse do “toma-la-da-cá”.Outro dia assistindo ao futebol pela televisão, vi uma cena que há muito me entristece. São as homenagens as vítimas dessa guerra civil. Para tudo! Um minuto de silencio e o jogo se da início. Como se isso fosse acalentar os corações despedaçados de toda família, vítima não só do marginal que tirou a vida do ente querido, mas do descaso da segurança pública. Quem não se lembra do índio Gaudinho. Dez anos já se passou desde que o índio Pataxo foi queimado numa fogueira de álcool e muitos diziam que tínhamos chegado ao fundo do poço. Engano! O fundo já estava há muito tempo bem acima de nós. Já banalizamos a morte, o horror e estamos indiferentes à dor do próximo. Fomos muito além do limite da intolerância quando queimamos numa fogueira de pneus o jornalista Tim Lopes e ai o país ouviu as autoridades de diversas áreas, inclusive legisladores. (que nada fazem)Ouvimos novamente quando um menor chefiou as atrocidades cometidas com um jovem casal que acampava na região de Embu. Nos ataques do PCC em São Paulo, ouviu-se tudo de novo! Já no Rio de Janeiro, os ataques resultaram em um desfile militar pomposo da Força Nacional de (in) Segurança. E quem poderia esquecer a barbárie cometida com o garoto João Helio?. Ao invés de sérias mudanças, vimos horrorizados um pai sendo morto na frente da filha na garupa de uma moto aqui em São Paulo. E tudo com transmissão ao vivo pelos telejornais (a noticia em tempo real). É diário o crime, sem folga nos finais de semana, sem férias no final do ano. Constante, persistente e impune! E a nossa reação? Para tudo! um minuto de silêncio e o jogo se da inicio. Não se combate algo concreto, combate o abstrato. Combate a violência e não o bandido, pede-se paz e não a lei. Palavras substituem a ação, crime virou criminalidade e assim se da mais tempo ao bandido enquanto se pronúncia essa palavra imensa, para inflar a estatística de guerra. No Iraque semana passada morreram 18 pessoas. Aqui no Brasil, 200 em um único dia.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
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