terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Solidão.

Terminei de ler Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marques. Para quem não teve a oportunidade de ler a obra, o escritor fala da estirpe dos solitários para a qual não será dada uma segunda oportunidade. Esse mundo moderno, capitalista – pelo menos no ocidente – vive em comunidades. Todo o sistema foi divido em países, estados, cidades, bairros, ruas e dividiu também o ser humano. Alguns especialistas afirmam que o homem não consegue viver sozinho. Discordo!Cada individuo vive hoje sozinho e isolado dentro da sua mente. Buscando o sucesso em diversas áreas (profissional, amorosa, amizade, familiar e etc.)Nessa busca alucinada pela perfeição, deixamos de olhar nos olhos das pessoas que estão ao nosso lado. Deixamos de dizer o quanto ela é importante por dividir a “estrada da vida” conosco. Aos estranhos o tratamento é ainda pior. Paramos por exemplo, de cumprimentar o vizinho, isso quando, e se, o conhecemos. Entramos em nossos carros, armados de rancor e mau humor, amarramos à cara e partimos para o combate. É como uma luta corpo a corpo, mas usamos o no “carro a carro” até o destino final. Entramos em elevadores de cabeça baixa e quando falamos um “bom dia” é sem qualquer intenção do verdadeiro desejo – e recebemos a resposta com o mesmo sentimento.A solidão que cada ser humano sente hoje reflete no aumento da criminalidade – ou será o contrario? Será que o aumento da criminalidade distanciou todo mundo de todo mundo?Banalizamos a morte. Não nos importamos quando alguém querido perde um ente. Vamos ao velório do amigo por etiqueta e antes de sairmos de casa em direção ao ultimo “adeus”, desejamos que seja o mais rápido possível.Há quanto tempo não liga para aquele amigo do colégio? Amigo que dividiu com você uma das etapas mais importante (e divertida) da sua vida. Há quanto tempo não olhou para sua mulher ou para seu marido e declarou o quanto o (a) ama?Há quanto tempo não chega em casa e da um abraço no seu filho ou filha?São pequenas coisas que fazem o nosso dia ser grande e especial.

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