segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O rabo balança o cão.


Essa foi uma semana para entrar para a história. É "pizza" lá no senado e a indigestão afetou toda a sociedade.

As maracutaia da família Sarney não são mais novidade. Tem um dito no meio jornalístico que diz QUE NÃO É NOTÍCIA QUANDO UM CÃO MORTE UM HOMEM, MAS QUANDO UM HOMEM MORDE UM CÃO. Suplicy foi o homem e Sarney foi o cão.

O Senador do PT pelo Estado de São Paulo protagonizou ontem na tribuna do maior circo nacional, o qual faz parte, mais um espetáculo horrendo neste picadeiro em que se tornou este País.

Como se tivesse acordado (atrasado) para o trabalho, o senador deu cartão vermelho ao presidente do circo, ops. do Senado e ainda encarou o colega Demóstenes Torres ao ser questionado porque não "avermelhou" o língua presa barbudo.

Entrando na onda do parlamentar Suplicy, todos os brasileiros deveriam estar fora dessa partida. É mais que o mo
mento de todos nós pararmos e pensarmos bem; usando a expressão do próprio Lula, “nunca antes na história desse País” se fez tão urgente à necessidade de mudanças radicais! Muito se fala e pouco se faz.

Quando houve o impeachment do ex-presidente Collor, achávamos que o país já estava no fundo do poço e dali seria somente subida. Engano! O fundo do poço ficou há tempos muito acima de nós. Estamos inertes, paralisados, amedrontados e pior, sem saber como agir. Nossos políticos tentam minar o ultimo zagueiro defensor da Constituição, o jornalista. De maneira covarde arrancam à obrigatoriedade do diploma numa tentativa de desmoralizar o profissional sério, investigativo e denunciador.

A Sociedade Organizada está toda comprada. O movimento estudantil, que tanto fez parte da política brasileira sendo uma das principais vozes na luta contra a ditadura, vendeu-se, silenciou-se a troca de migalhas. Movimentos sindicais foram para o mesmo caminho e cadê os novos Chicos Buarques, Herzogues, Vanucci´s. Os verdadeiros pensadores fingem-se de mortos e os artistas se amordaçam com a ajuda da lei de incentivo a cultura. E o povo comum, a dona de casa, o trabalhador braçal, o motorista, o que pensam de tudo isso? Nada! Estão mais interessados na final do BBB ou da Fazenda e na fuga da realidade cotidiana. Porém, esse pensamento é tão vão! A realidade está bem ali, na esquina das casas de todos nós; no semáforo, com o garoto que vende bala; na criminalidade cada vez mais exorbitante; na saúde pública deficitária; na educação carcomida e necessitada de mudanças drásticas, enfim... parafraseando o presidente... A LUTA CONTINUA CARO LEITOR.

sábado, 27 de junho de 2009

Vinte anos e nada mudou

Foram duas décadas de ditadura. Vinte anos de cegueira e mordaça. Você tem idéia de quanto tempo é isso? Vinte longos anos?
para nossa tristeza, quando estávamos deixando para traz toda sujeira dos militares, nos deparamos com o pior politico do século. José Sarney.
Com a morte de Tancredo Neves (tenho também minhas dúvidas se seria realmente bom para nosso país), o Brasil perdeu a chance de ser chefiado por alguém considerado um estadista competente. Mas, ao invés disso, fomos premiados com a figura que mais colaborou com os "milicos" e jogou nossa nação no limbo.
É claro que para tudo que vem sendo revelado (atos secretos, super salários para acessoristas e multiplicação de mordomias), o presidente do senado defende-se dizendo que a crise não é dele e sim da casa, do senado.
Assim fica fácil. Como todo bandido que é flagrado com a boca na botija dizendo que a culpa é da sociedade pela má sorte, Sarney culpa seus pares pela descoberta das suas pilantragens.
O que mais me deixa indignado é a declaração do seu defensor - O ilustre presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.
Mais uma vez, Lula sai em defesa do que é errado, do que é vergonhoso, do que tem de pior na política brasileira. Sim! na política brasileira. Em nenhum canto do mundo o crime do colarinho branco compensa tanto.
Pois então, o senhor Lula declarou que "o senador tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse um pessoa comum".
Mais uma vez, o nosso presidente traz a tona o apartheid social que vivemos. Sempre escrevi aqui que o Brasil é deveria ser em plural - Brasis.
Existe um Brasil onde cada um de nós, pessoas comuns, trabalhadores, sonhadores, vivemos e buscamos melhorar em todos os sentidos. Pessoal, profissional, sentimental e etc. E o "brasil", assim mesmo, com "b" minúsculo, pequeno, restrito e isolado. Esse "brasil" é dos nossos parlamentares safados, canalhas, ladrões e mentirosos.
Outro dia fiquei vendo um cão na rua em círculos, correndo atrás do próprio rabo. É assim que vejo os nosso parlamentares. Fazem suas sujeiras e depois, ficam como o cão, correndo atrás do prejuízo
Nós, cidadãos comuns, lembramos aos nosso funcionários - sim, pagamos para os serviços (de má qualidade) que nos prestam - que o artigo 5° diz o seguinte: "TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO DE QUALQUER NATUREZA" e ponto.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Dilma, Presidenciável ?

A cada quatro anos temos o processo eleitoral mais importante do país. A eleição presidencial.
Nesse pleito, teremos pela primeira vez uma mulher disputando a cadeira do Palácio da Planalto. Dilma Rousseff, 62 anos, 20 dedicados a política, é a preferida do presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Essa mineira de Belo Horizonte, foi nomeada ministra da Casa Civil em 2005 após o escândalo do mensalão que envolvia seu antecessor José Dirceu - outro também envolvido em terrorismo.
Hoje coordena o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Um plano que investe 6 bilhões de reais somente na região norte e nordeste do Brasil. Atualmente o PAC esta sendo usado como plataforma eleitoreira. Exemplo é o anuncio do pacote habitacional que promete 1 milhão de casas com um investimento de 34 bilhões de reais.
Vivemos em um país onde o sonho da casa própria ainda é sonho. Uma atitude louvável esse investimento. Mas com 6 anos de governo Lula, a preocupação a menos de dois anos da campanha eleitoral é suspeitíssima.
O que a maioria da população desconhece é o curriculum da futura candidata a presidenta.
Dilma Vana Rousseff militou na organização marxista Var-Palmares. Em 1969 ajudou a articular uma das ações mais ousadas da guerrilha: o assalto ao cofre do governador paulista Adhemar de Barros .
Na clandestinidade adotava codinomes como Estela,Luiza, Patrícia e Wanda. Foi presa em setembro de 1979 . Um promotor militar a chamou de " papisa da subversão". Ficou detida no presídio Tiradentes em São Paulo , o mesmo em que estava Frei Betto,um dos conselheiros de Lula.
Em 2008, uma reportagem publicada pela revista VEJA!, revelou que o Palácio do Planalto montou um dossiê que detalhava gastos da família de FHC.
A matéria diz que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. A Casa Civil negou a existência de tal dossiê, apresentando no espaço de 15 dias três versões diferentes sobre o assunto, todas depois desmentidas pela imprensa.
Em entrevista coletiva em 4 de abril do mesmo ano, Dilma reconheceu a feitura do banco de dados, mas descartou a conotação política do mesmo.
Disse que o vazamento de informações e papéis federais é crime e que uma comissão de inquérito interna iria apurar o fato. Fato que até hoje não teve respostas definitivas e nem responsáveis punidos.

sábado, 4 de abril de 2009

Sonhos que deixamos de Sonhar

Outro dia me peguei pensando no meu passado. Puxa vida! Lembrei das farras que caia e dos porres que me derrubavam. Hoje com meus trinta e poucos anos ("mais poucos" do que você imaginou agora viu?), não tenho vontade e nem disposição para esses momentos de prazer ou desprazer - tudo depende do ponto de vista.
Mas voltando as vacas frias (alias, nem sei o porque que todos usam essa expressão. Nem de vaca estamos falando), pensei nos amigos que atravessaram esse momento de formação de caráter e inicio de cirrose.
Foram amigos leais, caras que ficavam lado a lado em qualquer situação. Um pé na bunda que levávamos das meninas por exemplo, estávamos todos lá, dando apoio e palavras de incentivo. E ajudando a xingar também.
Sonhos para o futuro eram divididos. O Rogério por exemplo, com seu topete (que hoje deu lugar a uma careca brilhosa), queria ser publicitário. Trabalha hoje em um laboratório clínico. Alberto, o Betão (porque todo nome que termina com berto, vira Betão?) com sua valentia, desejava ser lutador de boxe. Trabalha como segurança em uma rede de loja de varejo. Agnaldo "mão leve" e Ricardo o "Japa" queriam ser Dj´s. Não pense bobagem! O apelido "Mão leve" era por fazer aquela barulheira (scratch) com uma agilidade de deixar até o ratinho Ligeirinho com inveja. O Japa voltou as suas raízes e mora no Japão há 20 anos.
Eu? Eu nem imaginava que um dia iria atuar em rádio. Uma época pensei em ser médico. Usava branco e tudo mais. Até um dia uma senhora me perguntar que centro de macumba eu frequentava. Desisti! Acho que a culpa foi dela por ter destruído meu sonho de médico. Mas me tornei espírita!
Outra vez me imaginei sendo piloto de caça. Ah! Quem não assistiu TOP GUN e ficou imaginando quantas meninas iriam traçar se fosse igual ao Tom? Confessa!
Fiquei tão empolgado com a idéia que fiz de tudo para entrar na Força Aérea. Depois de semanas descobri que os soldados da Aeronáutica pilotavam e pilotam até hoje um tipo de aparelho. O rastelo!
Eramos os donos da rua. Achávamos que éramos os donos do nosso destino. Nos sentiamos imortais. Choramos juntos as perdas de amigos inesquecíveis como o Serginho que morreu ao extrair um dente. Uma das mortes mais idiotas!
Todos esses garotos se tornaram homens de bem. Tentando a todo custo e de forma correta sobreviver nesse mundo destruidor de sonhos.
Nossos rostos mudaram. A suavidade da infância deu lugar a uma pele com rugas, que nada mais são as cicatrizes das batalhas enfrentadas e vencidas. A guerra não se ganha nunca. Já que a morte é algo certo para todos. Mas o importante é ser valente, sonhador e crer que o amanhã reserva algo especial para cada um de nós.
Estou escrevendo tudo isso porque essa semana ganhei um cd da minha irmã. Um apanhado de MPB (sim! ouvimos outros sons além de Rock´N Roll). Ouvi "A Lista" de Oswaldo Montenegro que me deixou pensando e tentando fazer a minha lista. Pude perceber que deixei todos esses amigos e sonhos no passado. Coloquei em uma caixa de sapato os bilhetinhos de paqueras da adolescencia, fotos dos amigos nos momentos legais que vivi e hoje descansa no fundo do meu guarda roupa.

Ai em baixo esta a letra da música para você que não teve a oportunidade de ouvi-la.



Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

Oswaldo Montenegro



Faço um desafio. Tent fazer a sua lista. Veja o que pode preservar e o que você perdeu. Veja se é possível recuperar. Veja se é possivel manter o que tem.
Boa Sorte!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sabedoria

É triste ver uma nação desprezar seus idosos. Pessoas que viveram e ainda viverão muitos males da nossa sociedade preconceituosa. Se você é uma dessas pessoas, verá o quanto sábios são esses seres que transbordam conhecimento. Mesmo aqueles com pouca cultura.
Lembro do meu avô. Seu Deli! Ah Seu Deli. Que saudade tenho do meu avô Deli. Homem de poucas palavras, da lavoura que passou boa parte de sua vida na roça. Criou 14 filhos e ainda arrumou tempo para cuidar de mim e da minha irmã. Nunca deu um tapa e para falar a verdade, nunca precisou. Me ensinou muitas coisas que hoje coloco em prática. Caráter, dignidade, honradez e um visão diferente e real da nossa política. Quando era criança me falou certa vez que vivíamos em um país pobre. Falava que a Copa de 58 era um exemplo. Lá fora batemos em todos aqueles ricos, e de goleada. Enquanto todos acreditavam que o Brasil nunca mais seria o mesmo, Seu Deli, sempre desconfiado, sabia que tudo permaneceria do mesmo jeito. Brasileiro tem mesmo dessas coisas de apostarem num salvador da Pátria. Ele falava do boxeador Éder Jofre, que batia em todo mundo. Até apanhar de um japonês. O Japão vai longe, dizia meu avó. O Brasil também, pensava eu. Pensava.
Mas nos anos 60 o Brasil deixou de ser um país pobre. Finalmente, descobrimos muito felizes, que éramos um país em desenvolvimento. Agora sim! Pensou meu avô. Deixávamos de ser um país pobre e estávamos em processo de desenvolvimento. A gente era sub. Como sub-tenente, subgerente de loja e tantos outros sub´s que encontramos por ai. Era questão de tempo acreditava Seu Deli.
Em nosso sobrenome passou a ter a palavra “desenvolvido”, não é?
Uma década depois e ganhamos uma nova nomenclatura. Passávamos a ser conhecidos como país de terceiro mundo. Puxa! Meu avô contava que era uma grande onde de otimismo. Na nossa frente só existia o primeiro e segundo mundo. Éramos medalha de bronze! Em meses ou até anos, o gigante pela própria natureza se tornaria o campeão dessa competição mundial.
Eu pensava. Poderia ser pior! Já pensou se fossemos quinto ou sexto mundo? Mas não! Éramos terceiro.
Mas as mudanças continuaram. Em pouco tempo deixamos de ser terceiro mundo e agora fazíamos parte de um bloco dos países em desenvolvimento. A coisa estava melhorando. Já éramos um bloco, tinha outros do nosso lado, ombro a ombro. A gente era um país que estava indo para frente.
Quando entramos nos anos 90, logo nos avisaram. O Brasil não é mais um país em desenvolvimento. Éramos um país emergente. Puxa! Emergente era sair de onde estava mergulhado. Ah sim! Estávamos emergindo de onde estávamos mergulhados, da merda! Me desculpem.
Na adolescência, em um dos papos com meu avô, perguntei quem dava esses nomes todos para o Brasil. Um tal de G-7 mais a Rússia, respondeu Seu Deli. O engraçado é que a gente vai mudando de nome, mas o G-7 mais a Rússia continuam os mesmos. Cada vez mais ricos, cada vez mais primeiríssimo, desenvolvidíssimo, emergidíssimo. Esta na hora de parar para pensar que talvez toda essa evolução seja à nossa custa.
Como eles irão nos chamar na próxima década? Será que o nosso país sera conhecido como o país do Seculo XX? Ou seja, o país do século passado. Mas acredito que a melhor definição foi feita pelo meu avô, sábio avô. Somos um país pobre, em todos os sentidos, e ponto final.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Será o primeiro passo para uma reforma política?

O começo dessa semana foi bombástica. A entrevista do ex governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, a revista VEJA. Fala verdade! Quem tem o mínimo de bom senso, não sabia disso? Mas nem por isso perde a importância das revelações feitas pelo parlamentar. Ser testemunha ocular de anos e anos de conchavos e interesses pessoais, devem de alguma forma dar um novo rumo, ou pelo menos, um novo fôlego para meia dúzias de políticos sérios que ainda resistem as tentações.
Mas será que Vasconcelos fez as denúncias por ser um desses defensores da ética? Ou existe interesses mais obscuros por trás?
Para quem viveu a era Collor, sabe muito bem do que estou falando. O processo que terminou com o impeachment do presidente da República Fernando Collor, em 1992, começou com um desses depoimentos que seu irmão, Pedro Collor, concedeu a VEJA. Resultou em manchetes de jornais e revistas nos quatro cantos do Brasil. A capa da semanal com a chamada "Pedro Collor conta tudo" era um chamado a sociedade para não ignorar tal depoimento. E foi isso que aconteceu.
Com a pressão da REDE GLOBO e com umas centenas de "caras pintadas" manipulados, Collor deixava a Presidência. Os motivos que levaram Pedro Collor fazer tais denúncias nunca ficaram claras. Ele morreu vítima de câncer em 1994.
As Páginas Amarelas desta semana trazem um conjunto de revelações feitas pelo senador Jarbas Vasconcelos. Elas constituem um depoimento que também não se pode ignorar. Jarbas Vasconcelos, 66 anos, 43 dedicados a política, relata com a firmeza das testemunhas oculares que seu partido, hoje presidindo o Senado e a Câmara, é uma agremiação que se move apenas por "manipulação de licitações, contratações dirigidas e corrupção em geral". A entrevista de Jarbas Vasconcelos a VEJA não deixa muitas opções a seus colegas de partido e, por conseqüência, ao Congresso: processam o senador por falta de decoro parlamentar, imolam-se em praça pública ou vestem a carapuça e mudam seu comportamento. Todos nós, branco, negro, pobre ou rico, precisamos acompanhar muito de perto o desenrolar dessa história. Será que é o primeiro passo para uma reforma política séria e um profundo e histórico processo de limpeza da vida pública brasileira?

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Deus nos livre!

Essa sera uma semana decisiva no senado. Tião Viana (PT) e José Sarney (PMDB) irão disputar a presidência da casa. Primeiramente, qualquer resultado dessa eleição quem perde é a sociedade. Isso mesmo! Nenhum dos dois senadores tem as qualidades necessárias para sentar em uma das cadeiras mais importantes do nosso país.
Nem com muito esforço dá pra acreditar que o senador Tião Viana seja o candidato da renovação como ele mesmo faz questão de se auto-rotular. Alguns assuntos são proibidos em sua campanha. Segundo a revista ISTO É!, existe um dossiê rodando os gabinetes do Senado Federal no qual consta algumas estripulias cometidas por Viana no governo do seu irmão no Acre e ainda sobre nomeações no Ministério da Saúde. Mas não para por ai. Quem não se lembra do caso da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa?
Costa divulgou ter visto o ex-ministro Palocci frequentando a mansão do Lago com lobistas. Seu depoimento na CPI foi silenciado por um remédio jurídico impetrado no STF pelo senador Tião Viana. O motivo? Até hoje não foi esclarecido.
O segundo candidato, José Sarney, é campeão de negócios obscuros. Vou tentar usar alguns, porque meu computador tem somente 2G de memória e não teria espaço suficiente para relatar todos os escândalos e negócios duvidosos do ex-presidente.
Com uma campanha baseada em promessas - o típico político brasileiro - conquistou a maioria do senado. Voltou atrás ao apoio que daria a Tião Viana na era Renan Calheiros, ofereceu ao PR (partido de Fernando Collor) o comando da Comissão de Relações Exteriores e a troca da frota de carros oficiais da década de 90.
E no atacado ainda garante que não ira mexer na estrutura do Conselho de Ética (onde?) e assim agrada um colégio eleitoral no qual mais de um quarto de seus membros respondem a processos.
Para finalizar, Sarney garantiu apoio a ministra Dilma Roussef rumo a presidência e ao mesmo tempo ligou para José Serra e disse que não tem nada contra ele e que ainda estava indeciso sobre quem apoiar em 2010.
Isso sem mencionar que José Sarney sempre foi "situação" e jamais, nunca, "oposição". Foi aliado dos militares na ditadura, apoiou Collor antes do impeachment e dai por diante. Sem caráter, sem ética, sem escrúpulos, sem senso de cidadania. Assim é Sarney. Perceberam? O critério para escolha do presidente do Senado deveria ser "honestidade".

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A moita chamada Brasil

Segundo o dicionario Aurélio, a palavra moita significa acumulo de vegetação. Mas caiu no goto popular e muitos usam para definir o esperto, gato, sombra, mocado, na espreita e por ai vai. No termo militar é quando o soldado fica tão escondido que o superior nem sabe o seu nome. Mas logo logo isso deve agregar um novo adjetivo. Brasil!
Conceder refúgio político ao italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país de origem, soa como uma afronta aos princípios éticos,morais e legais.
A indignação é imediata e os nervos chegam a ficar à flor da pele. Mas como diria o poeta, " tudo é uma questão de manter a mente quieta,a espinha ereta e o coração tranqüilo." Mas não existe surpresa na decisão do Ministro da Justiça Tarso Genro.
Battisti é, como Genro,um ex-ativista comunista,integrante de um grupo que durante a década de 70 cometeu várias barbáries na Itália baseado naquelas ideologias de fanáticos comunistas conhecidas por todos.
Mas há diferenças na forma de tratamento da justiça de cada país com esses ideologistas. No Brasil, eles chegaram ao poder, na Itália é condenado a prisão perpétua.
Não posso afirmar que Cesare é inocente. E não duvidaria se alguém dissesse que os seus crimes foram muito mais numerosos. Mas, segundo algumas informações, Cesare fora condenado sem provas suficientes. Apenas a delação de um ex-companheiro teria servido de base para a justiça italiana condená-lo. Cesare nega os crimes.
A Itália pode ser o berço do Renascimento, ter uma gastronomia maravilhosa, mulheres lindas, ser tetracampeã do mundo no futebol, ser um país europeu, mas tem um histórico tão ou mais medíocre que o nosso quando o assunto é ética e moral. É um país sinônimo de corrupção em todas as bases da sociedade e por seu histórico político, especialmente a partir do século XX, não tem instituições merecedoras de credibilidade.
Portanto, Tarso e Battisti podem ter razões além do fato de serem ex-comunistas que jamais reconhecem seus crimes. É uma pena que o tratamento oferecido ao italiano não foi o mesmo para os boxeadores cubanos.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"Até Já"


"Morrer é ridículo.Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer.A troco?Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente…De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway,numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.Qual é? Morrer é um chiste.Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas.Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos,fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmojeito. Isso é para ser levado a sério?Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz.Mas antes de viver tudo ? Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero.E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.Por isso viva tudo que há para viver.Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida…"
Aos meus amigos e meu irmão que partiram... saudade

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Guerra de Informações

Olá galera! Sei que falei que voltaria a escrever na volta das minhas férias. Mas com os acontecimentos no Oriente, fica difícil não deixar algo postado. Não é escolher um lado do conflito. É trazer informações que grande imprensa deixa - ou se faz deixar - de informar. Abaixo um e-mail de um amigo que mora atualmente em Israel. Não fiz correções na postagem justamente para não mudar a emoção que o Marcelo passa no texto. Leia! E assim tire sua própria conclusão. Abraço a todos e juízo.

Fala galerinha, não sei se lembram de mim, mas quem Vos escreve é Marcelão. Estou morando em Israel e gostaria de tecer alguns comentários verdadeiros sobre o recente conflito. Tenho lido O Globo diariamente e fico estufato com as noticias que chegam até voces e principalmente com os comentarios deixados pelos leitores. Gostariam que voces somassem a estas opiniões o que vou lhes relatar. E como consequencia que voces tenham uma opinião mais imparcial. EM primeiro lugar estou bem. A vida é normal. Universidade, trabalho e diversão. Israel desocupou a faixa de gaza em 2000 (importante ressaltar que esta ocupação não foi a causa de tantos anos de conflito, foram consequencia direta deles). Israel saiu desta região e deu autonomia para o governo palestino. Desde o 2o dia em que Israel não estava lá misseis eram lançados TODOS OS DIAS em direção a Israel. Este ano cairam em territorio Israelense 6.000 misseis kassam nas cidades que fazem fronteira com a faixa de gaza. 6.000 MISSEIS. Há algum tempo Israel ja vinha tentando o diálogo com o governo eleito Hamas, para que parassem os ataques. O Hamas, diga-se de passagem, não possui o menor interesse de diálogo, e sequestra a causa palestina (Causa esta, justa. Todo povo, merece um lugar para desenvolver sua cultura, lingua, tradiçao. Assim como o povo judeu possui Israel, o povo Palestino MERECE o pedaço de terra deles). O HAMAS está mais interessados na destruição de Israel do que na criação do estado Palestino. É muito difícil apertar a mão de que não estende o braço. Ha alguns meses vivíamos uma falsa calmaria com uns dois ou tres misseis caindo TODOS os dias. Estávamos com um cessar fogo declarado. Ha alguns dias o prazo deste cessar fogo acabou. Ao invés de prolongar o cessar fogo O HAMAS mandou 50 Misseis em um dia para dentro do território israelense. Matou um civil. Destruiu algumas dezenas de casa. O que o governo Israelense poderia fazer? Era hora de um basta e por isso estamos vendo as cenas lamentáveis de destruição em gaza. OS terroristas se escondem em meio a população civil. Ontem Israel destruiu uma plataforma de lançamento de misseis que ficava em UMA ESCOLA PRIMÁRIA. Não acredito que esta ação por parte do exército de Israel vai resolver o conflito. Mas era hora de destruir as instalaçoes terroristas. Imaginem voces se o uruguay mandassem um missel para dentro do Brasil. Ou o México nos Eua. O que estes países iriam fazer? Leio nos jornais que a reação de Israel foi desprorpocional. Parto do principio então, que as pessoas entendem e respeitam que Israel tinha que ter uma reação! Se foi desproporcional ou não é outra discussão. Mas Reação tem que existir. LEio assustado os comentarios dos leitores. Ser contra Israel estar estabelecido na região é uma opinião. Ser contra a reação israelense em Gaza é uma opinião. Pedir a morte dos judeus e a volta de Hitler não é uma opinião. É uma declaração deplorável, mas que nestes dias começam a pipocar nos jornais. FIQUEM ATENTOS. ISTO É ANTI-SEMITISMO. Li acusaçoes de que os judeus são culpados dos problemas do mundo: da fome, miséria, somos "donos" do banco mundial, somos "donos" de hollywood, "roubamos" a terra dos palestinos.... Cada vez que Gaza explode na imprensa internacional — e só explode quando, finalmente, há uma reação israelense —, por trás da notícia, subsistem centenas de ataques prévios palestinos, cuja bondade jornalística não mobiliza nenhum interesse. Isso significa que toda reação israelense é justificada? De forma alguma, e vou aos fatos. Creio que Ehud Olmert, em sua necessidade de demonstrar que é um líder forte — depois da acumulação dos erros da guerra do Líbano —, tomou decisões que, se bem têm uma lógica militar, não têm uma lógica democrática. Não se pode justificar, de nenhuma maneira, o isolamento total de uma população civil. Inclusive, ainda sabendo da implicação dessa população na fustigação permanente contra Israel. Entretanto, tal defesa, não significa que se esqueça a crítica situação que vive Israel, em guerra declarada ou latente desde há décadas, rodeado de milhões de inimigos que querem fazê-lo desaparecer, demonizado por quase todos, vigiado até o delírio pela imprensa internacional, e é o país único de todo o mundo que não pode perder a guerra nem um só dia. Não tenho dúvida alguma que, apesar de sua notável inteligência militar e de seu armamento, Israel é o país frágil da região. À diferença de seus inimigos, que podem permitir-se a ditaduras temíveis, apoio logístico a todo tipo de grupos terroristas e até ameaças de destruição, Israel mantém uma sólida democracia, aporta avanços científicos à humanidade e, além disso, é obrigado a dedicar o volume mais substancial de seu PIB à urgente necessidade de defesa. É o único país do mundo que vive numa situação de tormenta extrema desde que existe e, no entanto, é o único que tem que pedir perdão para sobreviver. O que ocorre, pois, em Gaza, é o enésimo capítulo do capítulo de sempre, cujo percurso previsível não implica, infelizmente, que não se repita. O Hamas mantém a violência cotidiana, mantém a ameaça global, e mantém o adestramento no ódio antiisraelense. É claro, mantém também o elogio público ao martírio. Toda esta bomba-relógio, que explode periodicamente, como explodiu a bomba do Hezbolá, e acabou na guerra do Líbano, não merece nem a reprovação da Liga Árabe, que só se reúne para demonizar Israel, nem a crítica da ONU, nem o repúdio internacional. Pelo contrário, todos os movimentos de defesa israelenses são demonizados na hora, e aí temos a corte dos intelectuais pró, erguendo sua indignação ao sol. Parece-me bem a crítica democrática a Israel. Mas, para ser crível, seria bom escutar alguma solidariedade com as vítimas israelenses, alguma denúncia ao terrorismo islâmico palestino, algo de indignação pelo uso corrupto das ajudas internacionais, e algo de preocupação pelo papel bélico dos países da região. E, entretanto, há o silêncio. O que leva a uma conclusão inevitável: que, com respeito a Israel, a fronteira entre a crítica democrática e a criminalização maniqueísta, é tão tênue que se viola na maioria dos comentários. Sobre Israel não se faz análise política. Perpetuam-se as velhas artes da difamação e da propaganda. Parece-me lógico e exigível que o mundo exclame quando morrem inocentes em Gaza. Mas já não me parece tão lógico que não se intente saber o que aconteceu, o teor da convulsão e complexidade que apresenta o conflito. Não existem terroristas que manipulam todo o tipo de explosivos? Não existe o uso de uma violência generalizada que não tem problemas em utilizar adolescentes para perpetrar matanças? Não caem diariamente dezenas de mísseis nas proximidades de Ashkelon (Israel)? De maneira que antes de transformar o exército israelense numa espécie de esquadrão assassino, sem escrúpulos nem moral, seria necessário tentar conhecer os fatos. Mas não é o caso. De fato, nunca é o caso quando se trata de Israel. Com um automatismo que não se gera em nenhum ou fato lamentável, a imprensa dá por fato que é normal Israel ir fazendo matanças indiscriminadas de civis palestinos. As manchetes eram explícitas: “outra matança de civis nas mãos do exército”, “o exército volta a matar civis”, “como é habitual, Israel…” E assim, o habitual é dar uma imagem distorcida, perversa e criminosa do exército democrático de um estado democrático, sem nenhuma vontade de conduzir-se pelos códigos deontológicos da profissão. ‘ É provável que a imprensa acredita que esteja a favor das vítimas, e sacrifique o bem superior da solidariedade ao bem público da informação. Certo? Então, por que não fala nunca dos palestinos, vítimas da loucura fundamentalista? Por que não fala das mães que são proibidas de chorar a morte de seus filhos suicidas? Por que não consideram vítimas os palestinos que apóiam o Islã totalitário? E, num contexto mais geral, por que não falam das muçulmanas que lutam por sua liberdade, das que querem escolher os seus maridos, as que querem emancipar-se profissionalmente, as que querem ser tratadas como seres humanos dignos? Por que, esta imprensa que acredita que está ao lado das vítimas, não se interessa pelos massacres islâmicos no Sudão, com seus milhares de assassinatos? Por que não nos explica a aterradora asfixia que sofrem os cidadãos do Iêmen? Por que não consideram vítimas os pobres iraquianos massacrados pelos terroristas fundamentalistas? De fato, por que falam de insurgência e não de terrorismo?... Não. Não é correto. Porque a motivação não é a solidariedade, mas um estágio ideológico superior — ainda que moralmente inferior —: o que realmente interessa é poder usar as vítimas para estruturar, com convicção, o antiocidentalismo que é latente. Relativismo moral camuflado sob a crosta do esquerdismo. Por enquanto é isso.
Obrigado pela atenção Marcelão