Esses dias senti saudade da minha época de criança. Da inocência. Da dependência dos meus pais. Saudade de levantar cedo e ir para a escola. De chegar a tarde, depois do almoço, me jogar no sofá e passar a tarde assistindo televisão. Nossa, como era bom os filmes da “Sessão da Tarde”. Uns eram do Elvis Presley. Outros eram do Jerry Lewis. Fora o lanchinho da tarde regado a leite com chocolate e bolo assado na hora. Poxa, como era bom. Sei que deve estar pensando que isso é nostalgia. E é. Fiquei pensando nisso quando fui visitar minha mãe. Percebi como ela esta ficando velhinha. Percebi que um dia vou perdê-la e me deu um aperto no coração.Fico tentando decifrar que tipo de filho agride, xinga, acusa falsamente de violência sexual e em alguns casos, matam os pais. Não entra na minha cabeça isso. Mães e pais têm um lugar muito especial em nossos corações. Também fui um filho “rebelde”. Adolescente é fogo! Tem vergonha de tudo. Inclusive da própria mãe ou do pai. Não é vergonha deles em si, mas, vergonha de ser visto e acharem que ainda é um “bebezão”.Meu padrasto sempre foi um cara presente. Ama muito minha mãe e sempre foi a figura de “pai” que todo garoto deveria ter em casa. Nunca foi violento. Nem comigo, nem com minha irmã e muito menos com minha mãe. Amo como se fosse o meu pai de sangue.Eu desobedecia para sair à noite com meus 13 anos. Queria cortar o “cordão umbilical”, achava que estava pronto para o mundo. E hoje, mesmo com 37 anos, percebo que não estava e ainda não estou. E quer sabe? Acho que nunca vou estar pronto. Mas essas figuras, pais e mães, nos dão a sensação que somos invencíveis. Que somos o centro do universo e que elas estarão ali eternamente.Demorei em me aproximar da minha mãe e demonstrar o afeto como hoje. Demorei por ser teimoso. Por ser ignorante. Por ser individualista. Por não saber valorizar o que ela me deu de mais precioso; a minha vida. Não valorizar que ela passou noites e noites acordada comigo. Amamentando-me, me trocando, me socorrendo com febre. E certo dia me dei conta que nunca tinha dito que amava. Como pode isso? Nunca tinha dito.Sai do meu quarto e fui até a sala e dei um abraço muito apertado e disse bem claro; “mãe, eu te amo tanto”. Sem saber o motivo ela me abraçou e me deu um beijo com os olhos cheio d´água. Pude perceber que ela também sentia falta de ouvi aquilo.Toda mãe sabe, ou acha que sabe, que seu filho a ama. Mas mãe também é mulher. E toda mulher gosta de ouvir em tom alto e claro que a ama. Se ainda não fez isso. Faça! Verá o quanto é acalentador uma declaração tão sincera. Então, para todos saberem; “Mãe, te amo muito”.
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