quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A moita chamada Brasil

Segundo o dicionario Aurélio, a palavra moita significa acumulo de vegetação. Mas caiu no goto popular e muitos usam para definir o esperto, gato, sombra, mocado, na espreita e por ai vai. No termo militar é quando o soldado fica tão escondido que o superior nem sabe o seu nome. Mas logo logo isso deve agregar um novo adjetivo. Brasil!
Conceder refúgio político ao italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país de origem, soa como uma afronta aos princípios éticos,morais e legais.
A indignação é imediata e os nervos chegam a ficar à flor da pele. Mas como diria o poeta, " tudo é uma questão de manter a mente quieta,a espinha ereta e o coração tranqüilo." Mas não existe surpresa na decisão do Ministro da Justiça Tarso Genro.
Battisti é, como Genro,um ex-ativista comunista,integrante de um grupo que durante a década de 70 cometeu várias barbáries na Itália baseado naquelas ideologias de fanáticos comunistas conhecidas por todos.
Mas há diferenças na forma de tratamento da justiça de cada país com esses ideologistas. No Brasil, eles chegaram ao poder, na Itália é condenado a prisão perpétua.
Não posso afirmar que Cesare é inocente. E não duvidaria se alguém dissesse que os seus crimes foram muito mais numerosos. Mas, segundo algumas informações, Cesare fora condenado sem provas suficientes. Apenas a delação de um ex-companheiro teria servido de base para a justiça italiana condená-lo. Cesare nega os crimes.
A Itália pode ser o berço do Renascimento, ter uma gastronomia maravilhosa, mulheres lindas, ser tetracampeã do mundo no futebol, ser um país europeu, mas tem um histórico tão ou mais medíocre que o nosso quando o assunto é ética e moral. É um país sinônimo de corrupção em todas as bases da sociedade e por seu histórico político, especialmente a partir do século XX, não tem instituições merecedoras de credibilidade.
Portanto, Tarso e Battisti podem ter razões além do fato de serem ex-comunistas que jamais reconhecem seus crimes. É uma pena que o tratamento oferecido ao italiano não foi o mesmo para os boxeadores cubanos.

Um comentário:

Karine Margarida disse...

Quem diria?! É isso gente...um italiano de boa índole no Brasil passando férias, aliás Fernandinho Beira Mar já conhece o Brasil inteiro... quem sabe ele não faz um intercâmbio com Battisti e tudo acaba em pizza?!. Para enfrentar uma situação vergonhosa como essa..apenas rindo! Rindo da desgraça alheia, pois trabalhamos, pagamos impostos, não matamos, não roubamos, acreditamos no amanhã... e o que ganhamos?! Sonhos...sonhos de um dia poder instruir uma criança dizendo a ela "Ordem e progresso" Meu anjo!
O resto é reflexão...
beijoS a todos