segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Quem dita a regra?

Puxa, esses dias não foram fáceis não é? Os telejornais usaram e abusaram da imagem de duas vitimas do machismo; Elisa Samudio e Mercia Nakashima. Sou formado em rádio/TV e estou finalizando bacharelado em jornalismo.

Na boa, não consigo engolir o que os grandes veículos de comunicação vem fazendo nas últimas décadas. De verdade! Parece que a televisão virou a referência para tudo. É a “dona da verdade”, esta acima do “bem e do mau”. E quer a real? Não esta!

A televisão dita hoje em quem votar, quem é culpado ou inocente, faz o papel do advogado do diabo. Tudo isso com interesses pessoais. Claro que para a maioria que esta lindo isso agora, é como chover no molhado. Mas não estou aqui detonando tudo o que ela representa. Sei que há a parcela de contribuição e até mesmo é a única forma de informação que chega a milhares e milhares de lares espalhados por esse Brasil de meu Deus.

Mas algumas coisas me deixam puto da vida. Posso parecer moralista, e acho que para certas coisas sou mesmo, sabe? Um moralista idiota. Não sei.

Vejo muitas vezes a televisão, com suas novelas, tentando empurrar goela abaixo alguma tendência. Não cola! Pra mim isso não cola. Vou usar dois assuntos que são mais próximos de mim pra chegar onde quero: tatuagens e roupas. Sim, tudo bastante superficial. Tatuagem, pra mim, é tiração de onda.

Sempre foi, sempre será! Acho bonito e claro, pra mostrar pros outros. É estranho como as pessoas ficam desesperadamente procurando significados pra tatuagens. Por que tatuagens necessariamente tem que significar alguma coisa, né? Juro que não entendo quem foi o imbecil que estabeleceu isso, mas tudo bem.

Me sinto bem indo em uma boate, bar, praia, festa mostrando a minha tatuagem. É adequado. Quando estou na rua, sei lá, fazendo compras, também. Nunca sofri discriminação por causa disso. Mas, por incrível que pareça, não me sinto bem mostrando minha tatuagem em: centros religiosos, alguns ambientes de trabalho, como as escolas que leciono prática de locução (aqui na Kiss é tranqüilo). E não me sinto pelo simples fato de que não vou a esses lugares pra tirar onda. Vou por motivos específicos e fim. Camiseta regata não é comigo. Ficar mostrando o sovaco é nojento! Bermudas, só quando estou em casa ou de férias no litoral. Fora isso, jeans e camiseta T-Shirt.

Com certeza vai ter gente defendendo criaturas que se vestem com microvestidos em universidades e que claro, “Brasil país do carnaval, como as pessoas podem ser tão moralistas? e mimimi…” … “por que o direito das mulheres serem sexualizadas e blablabla… mulher também pode ter desejo”… entre outras trilhões idiotices que li por aí, eu, em todo o meu moralismo, imbecilidade e machismo ainda acho que falta uma boa dose de BOM SENSO para muita gente nesse mundo.

Acho de uma sacanagem tão grande essas pessoas que acham que todo mundo tem que aceitar o que elas tem pra oferecer goela abaixo por que senão vão ser taxadas de moralistas/hipócritas/racistas/preconceituosas/fascistas e por ai vai.

Se for seguir esse pensamento, as ruas viraram passarela do samba? Um sambódromo? Sim! Quer dizer que posso andar peladão na rua de boas e todos terão que aceitar? Me tratar como igual? Tá escrito onde? Desde quando? Quem disse/ensinou/mostrou?

Outra coisa. Sei que isso vai gerar mais polemica, mas, não seria eu mesmo se não escrevesse. Já que estamos falando de aceitação. Juro pra você que não sou homofóbico, mas, acho que tudo que foge do comum, deveria ser velado. Falo isso pelo fato de ver homens e mulheres com seus parceiros a beijos calientes em metrô, ônibus e tantos outros lugares. A aceitação da sociedade, vai além de mostrar publicamente a sua preferência sexual, entende? Hoje conseguimos identificar um casal homossexual só de olhar. Então, como qualquer outro moralista, que tal um “pegar leve”, ainda mais quando há crianças que estão começando a entender um pouco desse nosso mundo tão louco. Mais uma vez, é a televisão tentando quebrar alguns tabus inquebráveis.

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